Política

PT empurrou PSB para neutralidade por 'medo', diz Ciro

PT empurrou PSB para neutralidade por ‘medo’, diz Ciro PT empurrou PSB para neutralidade por ‘medo’, diz Ciro PT empurrou PSB para neutralidade por ‘medo’, diz Ciro PT empurrou PSB para neutralidade por ‘medo’, diz Ciro

O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, voltou a criticar nesta segunda-feira, 6, o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após conseguir fechar apenas uma aliança partidária, com o nanico Avante, no primeiro turno das eleições. Para o ex-ministro, o PT ficou com “medo” ao forçar o PSB a permanecer na neutralidade, em vez de apoiá-lo.

“(Foi) Medo (que fez o PT fechar acordo com PSB por neutralidade). Não é política social compensatória que faz alguém progressista, vou mostrar isso”, disse, em evento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

O ex-ministro estava em negociação avançada para compor com o PSB. No entanto, a executiva nacional pessebista acertou com o PT a neutralidade do partido na corrida ao Planalto. Em troca, foram retiradas as candidaturas do ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) ao governo de Minas e da vereadora Marília Arraes (PT), em Pernambuco.

A manobra do PSB teria sido acertada com o consentimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso no âmbito da Operação Lava Jato, que deseja isolar Ciro no campo da centro-esquerda. No sábado, 4, o pedetista fechou a primeira e única composição partidária da chapa, com o Avante.

Ciro também acusou Lula de trabalhar para que o PR, de Valdemar Costa Neto, decidisse apoiar Geraldo Alckmin (PSDB), em vez optar pela candidatura dele ou de Jair Bolsonaro (PSL).

“Eu não estou me queixando. O Lula trabalhou para o Valdemar Costa Neto, o PR, ir para o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. E eu me recusei a conversar com o Valdemar por razões antigas. Tá tudo certo. Eu só acho que é um erro grave. E não é nobre, mas ninguém precisa ser nobre. E pegou muito mal. O que é, afinal de contas? Tirar o meu direito de falar uns segundinhos a mais”, complementou.

Ciro também se defendeu de uma suposta contradição de sua campanha, pela escolha da senadora Kátia Abreu (PDT-TO) como vice na chapa presidencial. Antes de se tornar ministra da Agricultura, no governo Dilma Rousseff (PT), Kátia Abreu era ligada a pautas conservadoras, foi filiada ao DEM e chegou a receber o prêmio “motosserra de ouro”.

“Duvido que tem um petista que tenha sido mais heroico e mais sacrificado do que a senadora Kátia Abreu. Ela foi expulsa pelos quadrilheiros golpistas porque foi fiel. Foi contra a reforma trabalhista”, disse.

Coincidentemente, Kátia Abreu já teve um entrevero com Sônia Guajajara, hoje candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Guilherme Boulos (PSOL). Em 2010, Guajajara ficou famosa na COP-16 (conferência da ONU sobre mudanças climáticas), no México, ao entregar o troféu “motosserra de ouro” à senadora, prêmio dado aos que aumentam o desmatamento na Amazônia.