Política

Qualquer decisão do STF sobre HC de Lula gerará incompreensão, diz Gilmar Mendes

Qualquer decisão do STF sobre HC de Lula gerará incompreensão, diz Gilmar Mendes Qualquer decisão do STF sobre HC de Lula gerará incompreensão, diz Gilmar Mendes Qualquer decisão do STF sobre HC de Lula gerará incompreensão, diz Gilmar Mendes Qualquer decisão do STF sobre HC de Lula gerará incompreensão, diz Gilmar Mendes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta terça-feira, 3, em Lisboa, que a decisão da Corte sobre o pedido de habeas corpus (HC) da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá ser conhecida na quarta ou quinta-feira (dias 4 e 5) e poderá gerar incompreensão.

O ministro do STF falou com a imprensa na capital portuguesa, onde participa do “VI Fórum Jurídico de Lisboa – Reforma do Estado Social no Contexto da Globalização”, organizado pelo seu Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Gilmar Mendes volta ainda nesta terça para o Brasil para participar da votação no STF e retorna para Portugal na quinta-feira. Para ele, protestos populares contra o Supremo, como o que ocorreu no Rio de Janeiro, iniciado por uma manifestação ligada à morte da vereadora do PSOL Marielle Franco, são “absolutamente normais”.

“As Cortes institucionais são instituições contramajoritárias. Isso significa muitas vezes se contrapor à maioria do Parlamento e, muitas vezes, à maioria da população. Dizemos que temos que proteger muitas vezes o indivíduo que não tem consciência de que precisa de proteção. Portanto, quando há radicalismo, ou simplificação em relação às matérias penais, estamos tentando fazer um papel moderador e temos que ter toda compreensão”, argumentou.

O ministro destacou que o Brasil é hoje um País muito dividido e afirmou haver também “muitas desinteligências”. Por isso, de acordo com ele, é preciso que os ministros tenham calma e serenidade para administrar essa situação e fazer ajustes de interpretação. Gilmar Mendes lembrou que o Tribunal já passou por outros momentos extremamente tensos. “Estamos celebrando em outubro 30 anos de Constituição. São 30 anos de normalidade constitucional. Claro que tivemos aqui e acolá solavancos, turbulências, mas não tivemos crises institucionais que levassem à interrupção desse ciclo normativo. A missão da Corte é guardar pela Constituição e insistir nos valores constitucionais”, defendeu.