
O Senado aprovou a PEC da Reforma Tributária na noite desta quarta-feira (08). Por ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a votação precisou passar por dois turnos e ter o apoio mínimo do voto de 49 senadores. Nos dois turnos, a votação ficou em 53 votos a favor e 24 contra.
Entre os capixabas, a maioria (2 a 1) ficou contra. Apenas o senador Fabiano Contarato (PT) votou a favor da Reforma. Ao orientar o voto em nome do PT, Contarato explicou a razão da sua decisão:



Por conta da aprovação de um calendário especial, os dois turnos foram votados nesta quarta. O relator da Reforma Tributária, senador Eduardo Braga (MDB-AM), fez modificações ao texto que chegou da Câmara Federal – onde foi aprovado no dia 6 de julho. Isso significa que a PEC vai precisar voltar para nova apreciação dos deputados.
Uma das mudanças, foi a elevação do valor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, a ser mantido pela União, de R$ 40 bilhões para R$ 60 bilhões – um pleito dos governadores. O relator também definiu os critérios para o rateio do fundo: 70% seguindo os critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 30%, o tamanho populacional.
O senador também aumentou a lista das exceções – as categorias que não serão tributadas na tabela cheia da alíquota a ser definida. Também foi instituído o sistema de cashback do imposto da conta de luz e do gás de cozinha, para a população de baixa renda. Os produtos da cesta básica também terão impostos zerados.
O texto também cria uma trava para evitar o aumento da carga tributária. Porém, o valor percentual para servir de trava não foi definido. A alíquota do IVA foi alvo de muitos destaques e emendas principalmente da oposição, que queriam definir um teto de 25% de tributação. Antes das mudanças no texto, o governo tinha cogitado que a alíquota-padrão do IVA não ultrapassaria os 27%.
A Reforma Tributária tem o objetivo de simplificar o sistema de tributação no País. Em vez de ser cobrado o imposto no local onde o produto/bem é produzido, agora a tributação incide onde o produto ou bem é consumido.
Também foi criado o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual: o ICMS (estadual) e o ISS (municipal) formam agora o IBS e o CBS vai substituir os impostos federais PIS, Cofins e IPI. Um terceiro tributo, o Imposto Seletivo (IS), também conhecido como “imposto do pecado” também vai incidir em produtos que prejudiquem a saúde e o meio ambiente.
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