Política

Registro do Senado mostra que Marina votou contra CPMF

Registro do Senado mostra que Marina votou contra CPMF Registro do Senado mostra que Marina votou contra CPMF Registro do Senado mostra que Marina votou contra CPMF Registro do Senado mostra que Marina votou contra CPMF

Brasília – Registros do histórico de votações no Senado Federal mostram que a ex-senadora Marina Silva votou contra a criação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), em 1995, e a prorrogação do imposto, em 1999. Em 2002, a então petista não registrou presença na votação.

O PT, no entanto, votou favoravelmente à regulamentação da CPMF em 1996. O projeto de lei passou pelo Senado em votação simbólica, portanto não houve registro nominal.

A coordenação da campanha da hoje candidata do PSB à Presidência da República diz que o assunto foi tirado do contexto e estuda uma forma de contestar as acusações da petista Dilma Rousseff via direito de resposta. Ontem, a candidata à reeleição trouxe o assunto no debate promovido pela TV Record e questionou a posição da ex-senadora na votação da CPMF.

“O PT tira do contexto e dá como verdade absoluta. É uma estratégia cínica do PT”, reagiu o coordenador adjunto da campanha, deputado federal Walter Feldman. O aliado ressaltou que é preciso lembrar que havia um contexto político entre os anos 90 – quando a contribuição foi criada – até o fim do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que houve uma mudança de posição em prol do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, projeto em discussão à época. Ele insistiu que Marina apoiou a CPMF e condenou a tentativa da adversária de taxá-la de “mentirosa”. “É uma grande mentira do PT que tira do contexto a posição da Marina”, reclamou.

Faltando poucos dias para o primeiro turno, Feldman demonstrou preocupação com o pouco tempo de exposição no rádio e na TV para que Marina possa se explicar. A candidata já foi obrigada a gastar seus 2 minutos e 3 segundos para falar sobre sua política para a exploração do pré-sal, sobre a defesa da autonomia do Banco Central, sobre os boatos de que acabaria com o programa Bolsa Família, sobre o recuo nas propostas para a população LGBT e sobre a redução dos subsídios para os bancos públicos. “Nunca uma batalha de Davi contra Golias foi fácil. Não há limites para o PT formular mentiras”, declarou.