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Relator da CPI da Petrobras diz que depoimento de Coutinho desmente Barusco

Relator da CPI da Petrobras diz que depoimento de Coutinho desmente Barusco Relator da CPI da Petrobras diz que depoimento de Coutinho desmente Barusco Relator da CPI da Petrobras diz que depoimento de Coutinho desmente Barusco Relator da CPI da Petrobras diz que depoimento de Coutinho desmente Barusco

Brasília – O relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), concluiu que o depoimento de hoje do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, desmente a delação do ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco. O delator do esquema de corrupção na estatal disse que o banco foi o principal financiador do projeto da Sete Brasil.

Em seu depoimento de oito horas nesta quinta-feira, 16, Coutinho afirmou que as condições contratuais para o financiamento da Sete Brasil não puderam ser cumpridas e que por isso o aporte de recursos se tornou inviável. “Nem tudo o que o Barusco falou é verdade”, afirmou o petista. O relator lembrou que outro delator do esquema, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, já mudou seu depoimento e que sugeriu que isso também pudesse acontecer com Barusco.

Luiz Sérgio não integrará a comitiva que irá na próxima semana a Curitiba conversar com o juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro. Hoje, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também autorizou os membros da CPI a colher o depoimento em Londres do ex-diretor da empresa holandesa SBM Offshore, Jonathan David Taylor. O ex-diretor disse ao jornal Folha de S.Paulo que a Controladoria-Geral da União (CGU) recebeu, durante a campanha eleitoral de 2014, provas de que a SBM Offshore pagou propina para fazer negócios com a Petrobras, mas só abriu processo contra a empresa após a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

O relator considera desnecessário o deslocamento até a Inglaterra, já que o ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União Jorge Hage teria desmentido as declarações de Taylor. “Seria mais econômico e mais racional ouvir o Jorge Hage”, propôs.