Política

Relator propõe voto para reajuste do Judiciário mas pede relatório de impacto

Relator propõe voto para reajuste do Judiciário mas pede relatório de impacto Relator propõe voto para reajuste do Judiciário mas pede relatório de impacto Relator propõe voto para reajuste do Judiciário mas pede relatório de impacto Relator propõe voto para reajuste do Judiciário mas pede relatório de impacto

Brasília – A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado discute nesta terça-feira, 21, o projeto de reajuste salarial dos servidores do Judiciário. Durante a apresentação do parecer, o relator Jorge Viana (PT-AC) apontou a falta de um relatório de impacto fiscal com o aumento. Ele sugeriu voto favorável ao projeto, desde que o Executivo se comprometa em enviar o relatório antes da votação da matéria no plenário do Senado.

“Caso o plenário delibere sem ter recebido as informações necessárias para o impacto financeiro, o Senado descumprirá o que determinam a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016”, alertou o senador.

Viana, que é da base da presidente afastada Dilma Rousseff, relembrou que o Senado julga agora um processo de impeachment sob a acusação de crime de responsabilidade fiscal. “Estamos aqui vivendo o impeachment de uma presidente. Temos que ser muito responsáveis na aprovação dessa matéria, até para tirar lições”, afirmou.

Apesar da previsão geral de impacto de R$ 5,9 bilhões ao ano até 2019, o senador argumenta que o valor não está de acordo com a LDO. Ele apontou quatro pontos previstos em lei que faltam no projeto de reajuste. Segundo o senador, não há estimativa geral do reajuste dos servidores entre 2016 e 2021, tampouco o impacto financeiro para os cargos comissionados. Viana também apontou que falta o registro do impacto para uma nova gratificação para técnicos, prevista no projeto, assim como a demonstração da despesa atual com a conjugada, considerando servidores ativos, inativos e pensionistas.

“Apesar da omissão dessas relevantes informações, para que não haja atraso na tramitação da matéria, proponho parecer favorável, pela aprovação do projeto, com o firme entendimento de que o plenário do Senado só possa deliberar essa matéria se juntados os anexos de impacto sobre a LRF e a LDO 2016”, pontuou Viana.