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Renan nega encontro com doleiro preso na lava jato

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Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota na tarde desta quarta-feira, 08, em que nega ter se encontrado com o doleiro Alberto Youssef, atualmente preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Em depoimento à CPI mista da Petrobras, a contadora Meire Poza havia admitido que seu ex-cliente Alberto Youssef se reuniu com Renan Calheiros para tratar de uma operação milionária de compra de debêntures para a Marsans Viagens e Turismo, uma agência de turismo que tinha Youssef como um dos investidores.

O caso foi revelado com exclusividade pelo portal estadão.com no dia 5 de setembro, quando a reportagem revelou a citação do nome do presidente do Senado na delação premiada que estava sendo feita, na ocasião, pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

À CPI mista, Meire Poza relatou que, no dia 12 de março pela manhã, uma quarta-feira, ela e Youssef tomaram café da manhã juntos, ocasião em que o doleiro disse que, naquela noite, ele iria conversar com Renan Calheiros para tratar do aporte de R$ 25 milhões do Funcef. Segundo ela, a outra parte da operação, também no valor de R$ 25 milhões, já tinha sido acertada com o PT e seria feita por meio da Postalis.

A ex-contadora de Youssef afirmou que era preciso “acertar esta ponta, que era do PMDB”. Ela disse que a operação com a Funcef não se concretizou porque o doleiro foi preso por envolvimento na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, no dia 17 de março, a segunda-feira posterior ao suposto encontro com Renan.

Em nota, Renan Calheiros reitera que “não conhece a pessoa mencionada no noticiário como ‘doleiro’ Alberto Youssef e que só soube da existência do mesmo após as informações publicadas pelos jornais”. “O senador, portanto, reafirma que nunca esteve, agendou conversas e nunca ouviu falar de Alberto Youssef e de sua contadora”, afirma o presidente do Senado.

A suspeita dos investigadores é que a operação com a empresa de Turismo de Youssef serviria para repassar recursos para políticos do PT e do PMDB.

Meire Poza disse ainda que a Marsans era uma empresa que precisava de “muito capital de giro”, porque houve um forte investimento de Youssef nela. Ela destacou que a operadora de turismo tinha 37 lojas espalhadas no País e Youssef tinha grande preocupação de não deixar “passageiros no chão”. A empresa fechou as portas após a Operação Lava Jato.