Política

Rodrigo Maia chama reformas do governo de 'fantasmas'

Em videoconferência, presidente da Câmara afirmou que é preciso aproveitar esse momento para reorganizar a relação do Congresso com o Planalto

Rodrigo Maia chama reformas do governo de ‘fantasmas’ Rodrigo Maia chama reformas do governo de ‘fantasmas’ Rodrigo Maia chama reformas do governo de ‘fantasmas’ Rodrigo Maia chama reformas do governo de ‘fantasmas’
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Um dia depois de ter dito que a relação do Congresso com o governo de Jair Bolsonaro só não caminhou para um afastamento definitivo por causa da crise do coronavírus, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou as reformas propostas pelo governo como “fantasmas”. Na videoconferência realizada nesta quinta-feira, 2, com o Santander, Maia afirmou que é preciso aproveitar esse momento para reorganizar a relação do Congresso com o Palácio do Planalto.

“O governo fala de reformas, mas trabalhar com reforma (administrativa) fantasma é difícil”, disse o presidente da Câmara na videoconferência. Maia afirmou que o “forte apoio” à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento de Guerra mostra que o Parlamento é “reformista”.

Ao pregar uma discussão envolvendo os três Poderes para enfrentar o coronavírus, o deputado criticou a lentidão do presidente Jair Bolsonaro em adotar medidas emergenciais para enfrentar a pandemia. “O governo demorou e não fez de forma sistêmica um pacote organizado contra a crise”, destacou ele.

Na avaliação de Maia, Bolsonaro está um passo atrás na condução da crise. “Ficamos sempre a reboque de decisões de outros países ou a pressões da sociedade e do Parlamento”, argumentou.

Questionado sobre a situação dos Estados e municípios, Maia disse que é preciso separar a parte política e focar nas soluções. “Seria bom que o governo encontrasse um caminho (para o socorro aos Estados)”, afirmou o presidente da Câmara. “Com o Plano Mansueto e recursos à saúde, podemos dar tranquilidade a governadores e prefeitos”, emendou ele, numa referência à proposta de equilíbrio fiscal preparada pelo secretário do Tesouro, Mansueto Almeida.