Política

Saiba como os senadores capixabas votaram na sessão de impeachment

Os senadores capixabas Magno Malta (PR), Ricardo Ferraço (PSDB) e Rose de Freitas (PMDB) votaram favorável à perda do mandato da ex-presidente

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Rose de Freitas e Magno Malta ainda não se pronunciaram nas redes sociais Foto: Agência Senado

Por 61 votos a 20, o Senado decidiu pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT)  nesta quarta-feira (31). Os senadores capixabas Magno Malta (PR), Ricardo Ferraço (PSDB) e Rose de Freitas (PMDB) votaram favorável à perda do mandato da ex-presidente.

Pelas redes sociais, Ferraço confirmou que votou pelo afastamento definitivo de Dilma.

“Além de votar pelo impedimento da Sra.Dilma pelos crimes cometidos contra o povo brasileiro,vou votar também por sua inabilitação para qualquer função pública como determina a Constituição!
Contra a impunidade”, disse.

Rose de Freitas e Magno Malta ainda não se pronunciaram sobre a votação.

Julgamento

A fase final de julgamento começou na última quinta-feira (25) e se arrastou até hoje com a manifestação da própria representada, além da fala de senadores, testemunhas e dos advogados das duas partes. Nesse último dia, o ministro Ricardo Lewandowski leu um relatório resumido elencando provas e os principais argumentos apresentados ao longo do processo pela acusação e defesa. Quatro senadores escolhidos por cada um dos lados – Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pela defesa, e Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Ana Amélia (PP-RS), pela acusação – encaminharam a votação que ocorreu de forma nominal, em painel eletrônico.

Ricardo Ferraço se pronunciou nas redes sociais Foto: Agência Senado

Histórico

O processo de impeachment começou a tramitar no início de dezembro de 2015, quando o então presidente da Câmara dos Deputados e um dos maiores adversários políticos de Dilma, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou a peça apresentada pelos advogados Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal e Hélio Bicudo.

No pedido, os três autores acusaram Dilma de ter cometido crime de responsabilidade fiscal e elencaram fatos de anos anteriores, mas o processo teve andamento apenas com as denúncias relativas a 2015. Na Câmara, a admissibilidade do processo foi aprovada em abril e enviado ao Senado, onde foi analisada por uma comissão especia, onde foi aprovado relatório do senador Antonio Anastasia (PMDB-MG) a favor do afastamento definitivo da presidenta.

Entre as acusações as quais Dilma foi julgada estavam a edição de três decretos de crédito suplementares sem a autorização do Legislativo e em desacordo com a meta fiscal que vigorava na época, e as operações que ficaram conhecidas como pedaladas fiscais, que tratavam-se de atrasos no repasse de recursos do Tesouro aos bancos públicos responsáveis pelo pagamento de benefícios sociais, como o Plano Safra.