Política

Se pedaladas ficarem para 2016, novas receitas serão necessárias, diz Barros

Se pedaladas ficarem para 2016, novas receitas serão necessárias, diz Barros Se pedaladas ficarem para 2016, novas receitas serão necessárias, diz Barros Se pedaladas ficarem para 2016, novas receitas serão necessárias, diz Barros Se pedaladas ficarem para 2016, novas receitas serão necessárias, diz Barros

Brasília – O relator do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou nesta quarta-feira, 28, que o governo vai precisar encontrar novas receitas, caso os pagamentos relativos às chamadas “pedaladas fiscais” sejam empurrados para o ano que vem. O parlamentar afirmou ter certeza de que o Congresso irá votar o Orçamento de 2016 ainda neste ano.

“Se empurrar as pedaladas para o ano que vem, nós vamos ter que encontrar receitas no ano que vem para cobrir isso”, explicou.

Barros disse que mantém a posição de que haja um corte nos recursos previstos para o programa Bolsa Família em 2016. Na última semana, ele propôs um corte de até R$ 10 bilhões no programa. A proposta foi seguida de reação da presidente Dilma Rousseff, que afirmou ser contra e que “cortar o Bolsa Família significa atentar contra 50 milhões de brasileiros”. Ele também reafirmou que não deve contar com recursos da nova CPMF para o ano que vem.

As afirmações foram feitas após reunião com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Segundo ele, o encontro tratou de procedimentos para a elaboração do Orçamento, bem como o cenário econômico. “São esses dados que estão sendo ajustados agora”, disse, ao responder que os Ministério da Fazenda e do Planejamento ainda não têm os parâmetros macroeconômicos de 2016.

De acordo com o relator, está prevista para amanhã a apresentação do subrelatório de receitas na Comissão Mista do Orçamento (CMO). Até o dia 4 de novembro, seu relatório da LOA precisa ser apresentado. “Eu só posso entregar o meu relatório se votar a receita. São prazos encadeados que não gostaríamos de atrasar”, disse.

“Não vejo dificuldades de conciliarmos todos os pontos de vista e podermos ir a uma votação tranquila do Orçamento dentro de parâmetros que o mercado acredite, que as pessoas achem que sejam factíveis que sejam realizados”, afirmou.

A Lei Orçamentária Anual (LOA), relatada pelo deputado, disciplina as ações do governo federal com base em estimativas de receitas e gastos. O texto compreende o orçamento fiscal da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, além do orçamento de investimento das estatais e o orçamento da seguridade social.