Política

Secretário de organização do PT admite impacto na sigla com operação Custo Brasil

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São Paulo – O secretário de organização do PT, Florisvaldo Souza, admitiu que o partido vai sofrer um impacto político por causa da deflagração da operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, nesta quinta-feira, 23. Ele, contudo, minimizou os efeitos que isso pode ter sobre a votação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, previsto para ocorrer no fim de agosto.

“Você tem um partido que governou esse País por 13 anos, que mudou a história deste País e está sendo criminalizado. Claro que isso traz um prejuízo, mas tem uma reação também não só da militância do PT como na própria sociedade, que começa a ter clara essa seletividade, que começa a ter claro o seguinte: por que vai todo mundo pra cima do PT? E os outros?”, disse Souza.

“Na votação do Senado, está mais ou menos definido um curso normal”, relativizou, afirmando crer que alguns senadores poderão “ficar com vergonha” e “não aceitar o processo que está aí”.

Souza, que integra a direção nacional do PT, fez coro à argumentação de que a Custo Brasil tem objetivos políticos, de desviar a atenção das investigações envolvendo nomes do PMDB e do PSDB.

“Tem um golpe em andamento e desviam a atenção. Você tem uma presidenta que foi deposta sem motivos provados, sem crime. E tem um governo montado com gente todinha envolvida em atos de corrupção, ou seja, o foco está lá. Não estamos entendendo o porquê que a Polícia Federal veio à sede do PT, não tem nenhum dirigente envolvido ou citado”, defendeu Souza.

Questionado sobre as evidências da Polícia Federal de que o ex-ministro Paulo Bernardo operou um esquema de desvios para a legenda quando no comando da pasta do Planejamento, o secretário petista desconversou. “Aqui (no diretório do PT) não tem nada, são ilações.”

O prédio onde fica a sede nacional do PT, no centro de São Paulo, foi alvo de ação de busca e apreensão por mais de seis horas na manhã desta quinta-feira. Segundo o advogado da legenda, Luiz José Bueno de Aguiar, foram levados computadores e documentos contábeis.