
Os secretários estaduais de Segurança Pública e da Justiça do Espírito Santo, Leonardo Damasceno e Rafael Pacheco, respectivamente, embarcaram nesta quinta-feira (30) rumo a Israel.
Eles vão vistoriar um lote de 811 fuzis que foi comprado pelo governo do Estado para as polícias Militar, Civil e Penal. A previsão é que até o final do ano esse armamento esteja nas mãos dos policiais capixabas, segundo informou Pacheco.
A informação foi revelada por Damasceno durante entrevista à coluna De Olho no Poder. Para as polícias Civil e Militar serão adquiridos 490 fuzis do modelo ARAD7 de calibre 7,62 × 51 mm NATO. Desses, 150 vão ficar com a Polícia Civil e 340 com a Polícia Militar.
Esse armamento é conhecido por seu alto poder de impacto, poder de fogo e penetração, usado para operações que exigem maior alcance e destruição, como em ambientes de guerra, em áreas de selva e em confrontos com alvos protegidos. Também é mais comum nas Forças Armadas, segundo apurou a coluna.
O fuzil 7,62 tem um alcance maior que o fuzil de calibre 5,56 – que é hoje usado pelas forças de segurança do Estado. Ele é ideal para combates em curta distância, como em área urbana. Os dois calibres são de uso restrito.
“Estou indo lá para vistoriar o próximo lote, porque o armamento não pode entrar no País e depois ser devolvido se não tiver em conformidade. Vamos com a equipe da PM, da Civil e da Penal. Todas as forças de segurança receberão. São os primeiros fuzis 7,62 que estão chegando para as forças. A gente tinha só o 5,56, que são armas excepcionais, mas como temos apreendido fuzis 7,62, é importante que a tropa também tenha à sua disposição esses fuzis mais potentes”, disse Damasceno à coluna.
Já a Polícia Penal terá à sua disposição 321 fuzis, sendo 300 unidades do modelo ARAD5 no calibre 5,56 x 45 mm NATO e 21 unidades do modelo ARAD7 no calibre 7,62 × 51mm NATO – 121 serão fornecidos com acessórios e miras especiais.
Pacheco informou, por nota, que o investimento total da Sejus para a compra dos fuzis foi de R$ 3.794.279,50. Já o investimento feito pela Sesp para compra do armamento foi de R$ 11.345.810,24.
“A aquisição amplia a capacidade de defesa da corporação, oferecendo maior versatilidade para operações de proximidade e de média distância, com maior precisão e poder de emprego conforme a necessidade operacional”, disse Pacheco.
“Alerta máximo”
A viagem ocorre dois dias após a megaoperação no Rio de Janeiro contra a facção Comando Vermelho, que deixou 121 mortos – sendo quatro policiais.
Em entrevista à coluna publicada mais cedo, Damasceno afirmou que todos os setores de inteligências das forças de segurança do Estado estão em “alerta máximo”.
“Colocamos toda a inteligência das forças de segurança estaduais em alerta máximo, acompanhando todo o desenrolar. Qualquer movimentação de migração e atentados das facções aqui no Estado, especialmente do PCV que é alinhado ao Comando Vermelho, será compartilhada imediatamente”, disse o secretário.
Ele também analisou o resultado da operação e se posicionou com relação à PEC da Segurança Pública que tramita no Congresso. Veja a entrevista completa aqui.
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