Sede da Câmara de Vitória não vai mudar para o Centro de Vitória

A mudança de endereço da sede da Câmara Municipal de Vitória, do bairro Bento Ferreira para o Centro, foi cancelada. A informação é do presidente da Casa, Anderson Goggi (PP).

A instalação do Legislativo no edifício Castelo Branco, que pertence à Caixa Econômica Federal, teria sido prejudicada pela ocupação do prédio por famílias que integram o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), iniciada no último mês.

Conforme explicação de Goggi, que foi a Brasília na quarta-feira (1º) para se reunir com a direção da Caixa, “administrativamente estava tudo certo, mas politicamente havia problemas.”

“Eles disseram que cederiam (o edifício) apenas se eu me responsabilizasse por acolher as pessoas que invadiram o prédio em algum programa da prefeitura.”

A Caixa Econômica Federal foi procurada pela reportagem, mas informou que não comenta negociações em andamento.

Segundo o presidente, esta contrapartida é inviável para o município e injusta com as pessoas já cadastradas em programas habitacionais da prefeitura. Sendo assim, ele declinou a oferta e o acordo foi rompido.

“Não vamos desrespeitar as pessoas que estão em uma fila esperando para contemplar quem invadiu o patrimônio público”, afirmou.

Agora, o plano de Goggi é adequar a estrutura da atual sede da Câmara para atender às necessidades dos vereadores.

Negociação

A negociação com a União começou em março deste ano e a expectativa era realizar a mudança até dezembro. Conforme Goggi, uma nova sede se mostra necessária por conta do aumento da representatividade da Câmara, que, atualmente, não suporta as mais de 600 pessoas que circulam por lá.

Além disso, a mudança era tida como uma estratégia para fortalecer a economia local, visto que a alteração no endereço da sede do órgão contribuiria para a revitalização do Centro de Vitória, movimentando os negócios da região.

Em maio, após reunião com a diretoria da Caixa, Goggi explicou que havia pedido a doação do prédio, mas como este trâmite seria mais demorado, ele propôs a cessão por 30 anos. A expectativa era receber uma resposta em poucos dias, mas o prazo se arrastou.