
A sede da Câmara de Vereadores de Vitória, no bairro Bento Ferreira, será reformada após a mudança de endereço da Casa para o Centro da Capital ser cancelada. O objetivo é modernizar a estrutura física e tecnológica do edifício. As obras devem começar entre dezembro deste ano e janeiro de 2026.
A reforma é necessária porque, segundo o presidente do Legislativo Municipal, Anderson Goggi (PP), o espaço atual já não comporta as mais de 600 pessoas que circulam por lá. Para o parlamentar, isso é resultado do aumento da representatividade da Câmara.
Inaugurado em 1976, o Palácio Atílio Vivácqua compõe a Casa juntamente com o edifício Paulo Pereira Gomes, construído 2003. Lá estão o plenário, os gabinetes dos vereadores e os setores administrativos do Legislativo.
Para modernizar as construções, foi definido um grupo de trabalho para fornecer dados para o projeto de engenharia. O objetivo é otimizar o ambiente, refazer a rede elétrica e tecnológica e construir novas salas.
Segundo informações da Câmara, o Plenário, tombado como patrimônio histórico, será modificado visando à segurança e acessibilidade do público, mantendo a fachada original da construção. Já a renovação da rede elétrica é necessária para suportar as novas instalações.
Mudança para o Centro foi cancelada
Desde março deste ano, a Câmara negociava com a União a mudança da sede para o edifício Castelo Branco, que pertence à Caixa Econômica Federal, localizado no Centro de Vitória. A expectativa era se instalar no novo espaço até dezembro.
Além da necessidade de mais espaço, a mudança era justificada como uma possibilidade de fortalecer a economia local, visto que a alteração no endereço da sede do órgão contribuiria para a revitalização do bairro, movimentando os negócios da região.
Em maio, após reunião com a diretoria da Caixa, Goggi explicou que havia pedido a doação do prédio, mas como este trâmite seria mais demorado, ele propôs a cessão por 30 anos. A expectativa era receber uma resposta em poucos dias, mas o prazo se arrastou.
A negociação, no entanto, foi prejudicada pela ocupação do prédio por famílias que integram o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), iniciada em setembro.
Conforme explicação de Goggi, que foi a Brasília em outubro para se reunir com a direção da Caixa, “administrativamente estava tudo certo, mas politicamente havia problemas.”
“Eles disseram que cederiam (o edifício) apenas se eu me responsabilizasse por acolher as pessoas que invadiram o prédio em algum programa da prefeitura.”
Segundo o presidente, esta contrapartida é inviável para o município e injusta com as pessoas já cadastradas em programas habitacionais da prefeitura. Sendo assim, ele declinou a oferta e o acordo foi rompido.