Política

Seguindo decisão de comissão, Lewandowski nega prazo maior para defesa de Dilma

Seguindo decisão de comissão, Lewandowski nega prazo maior para defesa de Dilma Seguindo decisão de comissão, Lewandowski nega prazo maior para defesa de Dilma Seguindo decisão de comissão, Lewandowski nega prazo maior para defesa de Dilma Seguindo decisão de comissão, Lewandowski nega prazo maior para defesa de Dilma

Brasília – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, rejeitou na noite de segunda-feira, 7, o pedido da presidente afastada Dilma Rousseff para ter 20 dias para apresentar a sua defesa na comissão do impeachment do Senado.

Para Lewandowski, o recurso da petista perdeu o objeto depois que a comissão especial que analisa o processo voltou atrás e manteve os 15 dias de prazo para as alegações finais da petista.

“É que a decisão recorrida não mais subsiste. Na reunião da Comissão Especial do Impeachment ocorrida na data de hoje (ontem), o seu presidente, senador Raimundo Lira, exercendo juízo de retratação em face da interposição de recurso pela defesa, fixou o prazo de alegações finais em 15 dias”, escreveu o presidente do STF na decisão.

O ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo havia entrado com o recurso na última sexta-feira, após o anúncio do encurtamento do prazo.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, Lewandowski sinalizou a senadores que acataria o pedido da defesa de Dilma caso a comissão não voltasse atrás da decisão e seguisse o rito estabelecido pelo processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Caso todos os prazos sejam cumpridos integralmente, a votação final do processo de impeachment deve ocorrer por volta do dia 15 de agosto. Há a possibilidade de o prazo ser postergado, caso haja a necessidade de ampliar a fase probatória, destinada para a oitiva de testemunhas.

A possibilidade de o processo se prolongar desagrada aos aliados do presidente em exercício Michel Temer, que busca acelerar a conclusão do impeachment. Há apreensão de que os desdobramentos da Operação Lava Jato fragilizem ainda mais o seu governo e façam senadores mudarem de posição sobre o afastamento da petista.

Recursos

Cabe a Lewandowski, como presidente do processo de impeachment no Senado, analisar os recursos propostos durante os trabalhos da comissão especial. Nesta segunda, ele negou um pedido do PT que tentava suspender a reunião do colegiado convocada para as 16h.

Ainda está sobre a mesa do presidente do STF um recurso apresentado pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). O líder do governo no Senado pede para que seja reduzido para 16 o número de testemunhas a favor de Dilma no processo.

Nesta segunda-feira, a própria defesa da presidente afastada apresentou um requerimento à comissão para diminuir de 50 para 32 a quantidade de pessoas que deve esclarecer a denúncia contra a petista.