Política

Sem negociação antes, PEC do voto impresso pode ser derrotada, admite Bolsonaro

A justificativa de Bolsonaro é a de que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) "apavorou" parlamentares para que a pauta não fosse aprovada

Sem negociação antes, PEC do voto impresso pode ser derrotada, admite Bolsonaro Sem negociação antes, PEC do voto impresso pode ser derrotada, admite Bolsonaro Sem negociação antes, PEC do voto impresso pode ser derrotada, admite Bolsonaro Sem negociação antes, PEC do voto impresso pode ser derrotada, admite Bolsonaro
Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente da República, Jair Bolsonaro, admitiu, na manhã desta segunda-feira (9) que a PEC do voto impresso pode ser derrotada no plenário da Câmara.

De acordo com o chefe do Executivo, “se não tiver uma negociação antes, um acordo, vai ser derrotada”, afirmou em entrevista à Rádio Brado (BA). 

A proposta do voto impresso deve ser discutida na Câmara ainda nesta semana – mesmo após ter sido derrotada na Comissão Especial – por decisão do presidente e da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

A justificativa de Bolsonaro sobre a provável derrota do projeto é a de que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, “apavorou” parlamentares para que a pauta não fosse aprovada.

Em críticas ao magistrado, Bolsonaro diz que “a intimidação do Barroso está fazendo diferença no Parlamento”, e classificou o ministro como “armamentista e trotskista, tudo o que não interessa para o Estado Democrático”. O presidente também voltou a associar o ministro à defesa da pedofilia.

O chefe do Executivo seguiu com as acusações de fraude nas urnas eletrônicas e repetiu acusações feitas na transmissão ao vivo que fez no dia 29 de julho. Destacando que não tem nada comprovado e que suas falas se tratam de suposições, mas que têm certeza de que são verdadeiras, o chefe do Executivo voltou a acusar o TSE de ter apagado as provas do ataque hacker às urnas.

Segundo Bolsonaro, os hackers teriam desviado 12 milhões de votos a seu favor e voltou a dizer que ele só venceu devido a quantidade expressiva de votos que teve. O presidente voltou a defender que teria vencido no primeiro turno em 2018.

De acordo ele, sua “suposição” é de que após ele sair vitorioso do pleito, os hackers não foram pagos pelo serviço e, então, eles denunciaram a fraude. “Não precisa nem fazer perícia, está comprovado. O TSE comprovou, apagou os rastros, as digitais da cena do crime. Isso é mais do que suficiente para nós sim aprovarmos o voto impresso”, declarou o chefe do Executivo.

Em defesa da adoção do voto impresso, Bolsonaro diz que sua defesa é pelo voto “democrático, transparente e seguro”. “Eleições sem dúvidas, sem surpresas”, destacou, emendando que essa é uma pauta que a oposição, citando PT, PCdoB e PSOL, não quer.