Política

Senado protocola pedido de inquérito para apurar vazamento de delação de Machado

Senado protocola pedido de inquérito para apurar vazamento de delação de Machado Senado protocola pedido de inquérito para apurar vazamento de delação de Machado Senado protocola pedido de inquérito para apurar vazamento de delação de Machado Senado protocola pedido de inquérito para apurar vazamento de delação de Machado

Brasília – O Senado protocolou na Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira, 23, um pedido de abertura de inquérito contra o vazamento do conteúdo do acordo de delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O pedido foi feito pela Mesa Diretora do Senado e elaborado pela Advocacia-Geral da Casa. A Mesa é composta por dois alvos da Operação Lava Jato que tiveram conversas gravadas por Machado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Os áudios vieram à tona com o pedido de prisão dos parlamentares, feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, Renan criticou o vazamento da delação e afirmou que iria procurar pessoalmente o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, para colocar o Senado à disposição para investigar os “crimes”. Ele chegou a insinuar mais de uma vez que Janot poderia estar por trás do vazamento.

Após o episódio dos vazamentos, Janot negou a acusação e determinou que Daiello instaurasse um inquérito para apurar o vazamento das informações.

Ontem, também a pedido da Mesa, a Advocacia-Geral do Senado protocolou uma reclamação no STF para anular a busca feita em um apartamento funcional da instituição, ocupado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). A Operação Custo Brasil, da PF, visava o marido da parlamentar, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo.

O Senado também pediu que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abra uma investigação para apurar a atuação do juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Federal de São Paulo, que expediu o mandado. Os parlamentares consideram que, como Gleisi possui foro privilegiado, o juiz deveria ter pedido autorização do STF.