Brasília – Apesar das negociações com o governo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse, nesta terça-feira, 11, que o Senado vai levar adiante mesmo aquelas propostas do pacote anticrise que não receberem o aval do Palácio do Planalto.
“Em algumas posições o governo vai concordar com a gente, em outras não, mas a nossa atribuição é fazer lei, então, aquilo que o governo não concordar, e a gente entender que é importante para o País, nós vamos aprovar”, afirmou.
Jucá foi um dos nomes que ajudou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a formular a relação de 27 propostas que foi apresentada a ministros da presidente Dilma Rousseff na segunda-feira. Segundo o peemedebista, o objetivo da aprovação das propostas não é salvar Dilma de um eventual processo de impeachment, mas sim evitar que a crise econômica se torne um processo irreversível para o País.
“Não vamos assistir o Titanic afundar de camarote. O navio está indo na direção do iceberg, e o que eu puder fazer para evitar isso, eu vou fazer. Se isso salvar todo mundo, ótimo. Se salvar a Dilma, salvou. O povo que vai dizer se vai jogar ela para fora do navio ou não, não sou eu”, afirmou.
Diante do agravamento da crise política e econômica, o senador avaliou que o rebaixamento do rating do Brasil pela Moodys já era esperado e deve servir como um “aviso” de que o País precisa, o quanto antes, recuperar a credibilidade perante os investidores externos. “Isso está sendo um aviso para o Brasil. Eu acho que o Congresso, o governo, a sociedade, os empresários têm que levar isso em conta”, afirmou.