Política

Senador tucano quer explicação de Cardozo sobre reunião com advogado da UTC

O líder tucano, Cássio Cunha Lima, disse que a ideia seria convocar Cardozo também a depor em uma futura CPI da Petrobras - caso a oposição consiga instalá-la.

Senador tucano quer explicação de Cardozo sobre reunião com advogado da UTC Senador tucano quer explicação de Cardozo sobre reunião com advogado da UTC Senador tucano quer explicação de Cardozo sobre reunião com advogado da UTC Senador tucano quer explicação de Cardozo sobre reunião com advogado da UTC
Senador tucano quer explicação sobre encontro de ministro da Justiça com advogado de empreiteira Foto: Divulgação

São Paulo – O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse nesta quarta-feira, 18, que a oposição vai pedir explicações do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por ter se reunido com Sérgio Renault, advogado da UTC – uma das empreiteiras investigadas na operação Lava Jato.

“Queremos que o ministro compareça à Comissão de Constituição e Justiça do Senado para prestar esclarecimentos”, disse Cunha Lima em entrevista à Rádio Estadão. O líder tucano disse que a ideia seria convocar Cardozo também a depor em uma futura CPI da Petrobras – caso a oposição consiga instalá-la.

Cunha Lima acusou Cardozo de ameaçar a oposição. “O ministro da Justiça tem feito ameaças veladas à oposição”, afirmou. Segundo o senador, Cardozo estaria usando o suposto envolvimento de nomes da oposição nas denúncias de corrupção na Petrobras para intimidar parlamentares. “A oposição não vai calar. Isso não vai nos intimidar, não vai inibir nossa ação.”

O líder tucano no Senado afirmou ainda que Renault é um dos advogados de empreiteiras que “andou demonstrando impaciência na carceragem da Polícia Federal” por estar “se sentindo ameaçado pelo governo e pelo PT”. Para Cunha Lima, uma evidência de que Cardozo estaria, como apontado por reportagem da revista Veja, trabalhando para conter informações da companhias e possíveis novos acordos de delação premiada.

Cunha Lima fez uma série de críticas à condução da economia pelo governo federal, acusando a gestão Dilma de ser “perdulária”, de “quebrar o País” e de promover o “tarifaço”. Falou ainda da votação no Legislativo dos vetos presidenciais, que hoje é aberta, e provocou o governo petista ao mencionar a apreciação do veto da presidente ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda. “A sociedade vai poder acompanhar no painel eletrônico e ver quem está a favor do trabalhador ou do governo perdulário.”

Prevista para a semana que vem, a apreciação do veto presidencial – que promoveu um reajuste à tabela do IR de apenas 4,5% (centro da meta da inflação) – é uma das votações consideradas prioritárias para o Planalto. A manutenção do veto é considerada importante para o ajuste fiscal promovido pelo governo.