Política

Senadores petistas cobram que Lira mantenha expressão 'relatório fraudulento'

Senadores petistas cobram que Lira mantenha expressão ‘relatório fraudulento’ Senadores petistas cobram que Lira mantenha expressão ‘relatório fraudulento’ Senadores petistas cobram que Lira mantenha expressão ‘relatório fraudulento’ Senadores petistas cobram que Lira mantenha expressão ‘relatório fraudulento’

Brasília – Senadores petistas protestaram contra a decisão do presidente da Comissão Especial de Impeachment do Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), de retirar da notas taquigráficas as declarações de Fátima Bezerra (PT-RN), que classificou o parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) favorável ao afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff de “fraudulento”.

Inicialmente, o líder da oposição no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), defendeu a manutenção da expressão usada pela colega de bancada ao justificar que essa é uma opinião que eles têm. “A opinião de cada senador é livre”, afirmou Lindbergh, ao cobrar a inclusão das declarações de Fátima na ata, para ficar para a “história”. Outros senadores do PT fizeram coro ao questionamento.

Raimundo Lira disse, inicialmente, que o documento de Anastasia não pode ser reconhecido “em hipótese nenhuma” como fraudulento. “Vossa Excelência não pode censurar a nossa opinião. É fraude, fraude e fraude”, reclamou novamente Lindbergh.

O presidente da comissão disse que sempre tem mandado, quando percebe, retirar qualquer expressão de desrespeito. Depois, ele usou o regimento interno do Senado para afirmar que ele tem poder para retirar quaisquer expressões descorteses e de insulto dos debates das publicações oficiais da Casa.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse, logo em seguida, que só vai aceitar votar o parecer de Anastasia depois da leitura, na íntegra, dos debates.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que a iniciativa dos aliados de Dilma é mais uma “tentativa de procrastinação” dos trabalhos. “Tentam ganhar mais alguns minutos e segundos”, criticou.