Política

Após apoiar Hartung, Solidariedade quer espaço no governo do Espírito Santo

"Somos avalistas do projeto de desenvolvimento que nos foi apresentado pelo governador Paulo Hartung. Somos parceiros disso", afirmou o deputado Manato

Após apoiar Hartung, Solidariedade quer espaço no governo do Espírito Santo Após apoiar Hartung, Solidariedade quer espaço no governo do Espírito Santo Após apoiar Hartung, Solidariedade quer espaço no governo do Espírito Santo Após apoiar Hartung, Solidariedade quer espaço no governo do Espírito Santo
Manato preside o Solidariedade, partido que faz parte da base do governo Paulo Hartung Foto: Agência Câmara

O Partido Solidariedade comemora os avanços obtidos após 5 de outubro de 2014. Criada em setembro de 2013, a sigla alcançou nas últimas eleições uma vaga de deputado federal, com o presidente do partido no Espírito Santo, Carlos Manato, e uma de deputado estadual com a ex-prefeita de São Gabriel da Palha, Raquel Lessa.

Na opinião de Manato, o SDD cresceu bastante e começa a apresentar novas lideranças em várias partes do Estado.

Avalista do projeto do governador Paulo Hartung, o partido, que formou a coligação vitoriosa, aguarda melhor oportunidade para discutir sua participação no projeto encabeçado pelo peemedebista.

Folha Vitória – Após o fim das eleições de 2014, o Solidariedade diminuiu ou aumentou, em termos numéricos, na ocupação de cargos públicos eletivos

Carlos Manato – Conseguimos crescer, depois de outubro do ano passado. Fizemos um deputado federal, já que fui reeleito, e ainda elegemos a deputada Raquel Lessa. Além disso, fizemos sete presidentes de Câmaras Municipais. Todos com liberdade para discutir.

FV – Como está o partido após as eleições? Qual a análise qualitativa que o senhor faz?

CM – Crescemos muito. Obtivemos quase 70 mil votos para a Câmara dos Deputados. E ainda vimos surgir novas lideranças, como o Edson Bastos, que alcançou mais de 11 mil votos. 

FV – Quais as vantagens de fazer parte da base aliada do governo Paulo Hartung?

CM – A vantagem é que apostamos no projeto do governo. Somos avalistas do projeto de desenvolvimento que nos foi apresentado pelo governador Paulo Hartung. Somos parceiros disso. Lá, em julho, assinamos esse compromisso durante a Convenção. Queremos que o governo dê certo, e estamos dispostos a apoiar.

FV – Quais cargos foram destinados ao partido?

CM – Até hoje não nos foi oferecido nenhum cargo. Nós conversamos e passamos alguns nomes, mas estamos aguardando passar esse período em que o governador está avaliando a situação em que se encontra o Estado. O governador pretende adotar medidas transparentes. Acredito que depois que isso acontecer, o partido deverá ser chamado.

FV – Assim que acaba uma eleição, sabemos que se iniciam as discussões em torno da próxima. O que tem sido discutido em torno do pleito de 2016?

CM – Estamos discutindo a sucessão em alguns municípios. Em alguns, como Itaguaçu, Jerônimo Monteiro e Apiacá, já temos nomes fechados. Vamos priorizar as disputas majortiárias. Depois, vamos focar na proporcional. Discutimos nomes em Jerônimo Monteiro, com a professora Luíza, em Itaguaçu, com Miro Vilarim (ele obteve 6.519 votos para deputado estadual), e em Apiacá, com o Marlon. Outros nomes estão com discussões bem avançadas como em Itarana, Santa Teresa, Governador Lindenberg e São Gabriel da Palha, mas somente depois do Carnaval vamos aprofundar as conversas. 

FV – A discussão em torno da sucessão na Assembleia Legislativa tem sido bem acirrada. Como será o posicionamento do partido?

CM – A deputada Raquel Lessa está participando das discussões. A prerrogativa é dela de participar desse momento na Casa. Ela tem total liberdade para discutir. Só pedimos que converse com o partido sobre o que sentiu nessas conversas. Ela vai nos passar suas considerações, mas a decisão final é dela.

FV – O senhor é candidato a um cargo na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Qual a sua preferência?

CM – Gostaria de ocupar o cargo de ouvidor.

FV – O governador Paulo Hartung convidou o senhor para ocupar algum cargo no governo?

CM – Conversamos por alto, mas revelei ao governador o meu projeto de participar da Mesa Diretora da Câmara.

FV – Quais são as outras considerações que podemos fazer sobre o Solidariedade?

CM – Nosso partido saiu da Serra e está com um escritório na Enseada do Suá. Conseguimos, ainda, comprar um carro para o partido e contratar três pessoas, que serão responsáveis por conversar com as lideranças no interior do Estado.

FV – O senhor disse que o partido ocupa a presidência de algumas Câmaras. Quais?

CM – Obtivemos as presidências das Câmaras da Serra, Vargem Alta, Alto Rio Novo, Nova Venécia, Jaguaré e Conceição da Barra.