Política

Soraya Thronicke diz que quer ver atriz "encenar estupro" de filha de parlamentar

A crítica da senadora foi feita após a atriz Nyedja Gennari interpretar um feto sendo abortado em uma assistolia

Soraya Thronicke diz que quer ver atriz “encenar estupro” de filha de parlamentar Soraya Thronicke diz que quer ver atriz “encenar estupro” de filha de parlamentar Soraya Thronicke diz que quer ver atriz “encenar estupro” de filha de parlamentar Soraya Thronicke diz que quer ver atriz “encenar estupro” de filha de parlamentar
Foto: Reprodução/TV Senado

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) desafiou a atriz Nyedja Gennari, que interpretou um feto sendo abortado em uma encenação no plenário do Senado na última segunda-feira (17) a encenar o momento em que a filha de um parlamentar é vítima de um estupro. 

A crítica da senadora foi feita em discurso no plenário da Casa Legislativa. O tema está em evidência por conta de projeto que ainda está na Câmara dos Deputados e busca equiparar o aborto em até 22 semanas com o crime de homicídio simples e que teve a urgência aprovada na semana passada. Veja o vídeo:

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Foto: Pedro França/Agência Senado

“Eu queria até o telefone e o contato daquela senhora que esteve aqui ontem, encenando aquilo que nós vimos. Sabe por quê? Porque eu quero ver ela encenando a filha, a neta, a mãe, a avó, a esposa de um parlamentar sendo estuprada. Eu quero que ela faça a encenação do estupro agora. Por que não?”, afirmou a senadora.

No início da sessão no Senado promovida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã da segunda-feira, Gennari fez uma atuação simulando uma assistolia fetal, procedimento utilizados por médicos para interromper a gravidez. A performance da atriz repercutiu negativamente nas redes sociais.

Segundo adiantou a Coluna do Estadão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) avisou que não vai mais tolerar o uso do plenário da Casa para esse tipo de evento. O presidente da Casa também deixou claro que não gostou de o debate ter ignorado especialistas contrários ao projeto.

Segundo Pacheco, futuros eventos devem levar em conta todas as correntes de pensamento, além de critérios técnicos, científicos, a própria legislação vigente e, sobretudo, as mulheres senadoras.

Após repercussão, Lira adiou votação do projeto de lei

Nesta terça-feira (18) o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou a formação de uma “comissão representativa” para debater o projeto. O alagoano não especificou como o grupo será formado e informou que o seu funcionamento será decidido em agosto.

“O colégio de líderes deliberou debater esse tema de maneira ampla no segundo semestre, com a formação de uma comissão representativa”, declarou Lira. “Todas as forças políticas, sociais, participarão desse debate, sem pressa e sem qualquer tipo de açodamento”, acrescentou.

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Como mostrou a Coluna do Estadão, o Centrão e a base de Lula na Câmara já tentavam desde a semana passada empurrar a votação do projeto para depois das eleições municipais de outubro.