Política

STF autoriza quebra de sigilo telefônico do senador Valdir Raupp

Ministro Teori Zavascki autoriza quebra de sigilos telefônicos de assessora do senador, de executivos da Queiroz Galvão e do doleiro Alberto Youssef

STF autoriza quebra de sigilo telefônico do senador Valdir Raupp STF autoriza quebra de sigilo telefônico do senador Valdir Raupp STF autoriza quebra de sigilo telefônico do senador Valdir Raupp STF autoriza quebra de sigilo telefônico do senador Valdir Raupp
Senador terá suas conversas investigadas com autorização da Suprema Corte Foto: Agência Senado

Brasília – O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilo telefônico do senador e vice-presidente do PMDB Valdir Raupp (RO) e de outras quatro pessoas em inquérito no qual o senador é investigado por suposta participação na Operação Lava Jato. A decisão foi tomada na última quinta-feira, 21, após pedido encaminhado ao STF pela Polícia Federal no início de maio.

No mesmo pedido em que autoriza o procedimento contra Raupp, o ministro autoriza que sejam quebrados os sigilos telefônicos de Maria Cléia Santos de Oliveira, assessora do senador; dos executivos da Queiroz Galvão Othon Zanoide de Moraes Filho e Ildefonso Collares Filho; e do doleiro Alberto Youssef, um dos delatores da Operação Lava Jato. A autorização é para que sejam revelados dados telefônicos entre 1º de janeiro de 2010 e 31 de dezembro do mesmo ano.

Raupp é alvo de dois inquéritos no Supremo, abertos em março por autorização de Teori após pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em um dos inquéritos, Raupp é investigado junto com outros 38 suspeitos para apurar se houve formação de quadrilha para realização de desvios na Petrobras.

Em outro inquérito, o senador é investigado por ter supostamente recebido dinheiro desviado da estatal petroleira. Em acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal, o doleiro Alberto Youssef disse ter operacionalizado o pagamento de R$ 500 mil para a campanha de Raupp ao Senado de 2010. Segundo o doleiro, o valor seria proveniente de sobrepreços aplicados em contratos da Petrobras.