Política

STF inicia julgamento que pode impedir Renan de seguir na presidência do Senado

STF inicia julgamento que pode impedir Renan de seguir na presidência do Senado STF inicia julgamento que pode impedir Renan de seguir na presidência do Senado STF inicia julgamento que pode impedir Renan de seguir na presidência do Senado STF inicia julgamento que pode impedir Renan de seguir na presidência do Senado

Brasília – Começou na tarde desta quinta-feira, 3, o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STJ) que vai examinar a ação da Rede Sustentabilidade pedindo que réus saiam da linha sucessória da Presidência da República. A decisão dos ministros pode colocar em risco o cargo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), investigado em pelo menos 11 ações no STF.

Em uma sessão esvaziada, apenas oito dos 11 ministros vão manifestar seus votos. Por pouco o julgamento não foi adiado, já que este é o quórum mínimo para as deliberações.

Como adiantou o jornal O Estado de S. Paulo, três ministros não participam da sessão desta tarde. Gilmar Mendes tirou alguns dias de folga esta semana e está no exterior. Já Ricardo Lewandowski viajou a Porto Seguro, na Bahia, para fazer a palestra de abertura do 6º Encontro Nacional de Juízes Estaduais (Enaje).

O ministro Luís Roberto Barroso está presente, mas se declarou impedido de participar da sessão alegando “motivos pessoais”. O ministro já foi sócio de um escritório de advocacia que subscreve a ação apresentada pela Rede.

Intervenção

O Planalto atuou nos últimos dias para tentar adiar o julgamento. Pelo menos dois auxiliares do presidente Michel Temer procuraram informalmente ministros da Corte para falar do momento inoportuno de se julgar a ação apresentada pelo partido Rede. Na prática, o governo tem feito de tudo para não contrariar Renan, às vésperas da votação, no Senado, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o aumento dos gastos públicos por 20 anos.

Líder da Rede na Câmara, o deputado Alessandro Molon (RJ) acompanha o julgamento na primeira fila do plenário. Antes da sessão, ele criticou a tentativa de intervenção do governo. Segundo ele, “este é um assunto do Legislativo que está sendo analisado pelo Judiciário, e o Executivo não tem nada a ver com isso”.