Política

STF ordena que Justiça do PR ouça Dirceu sobre fim de prisão domiciliar

Condenado a 7 anos e 11 meses em regime semiaberto por envolvimento do mensalão, Dirceu já havia progredido para o regime aberto e voltou a ser preso preventivamente em setembro passado

STF ordena que Justiça do PR ouça Dirceu sobre fim de prisão domiciliar STF ordena que Justiça do PR ouça Dirceu sobre fim de prisão domiciliar STF ordena que Justiça do PR ouça Dirceu sobre fim de prisão domiciliar STF ordena que Justiça do PR ouça Dirceu sobre fim de prisão domiciliar
STF quer depoimento de José Dirceu sobre pena de regime fechado Foto: Divulgação

Brasília – A Justiça Federal do Paraná recebeu ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para ouvir o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/ Governo Lula) sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República de enviá-lo para cumprir pena em regime fechado. O ministro relator do caso, Luís Roberto Barroso, determinou que a oitiva ocorra “com a urgência que o caso requer”.

Condenado a 7 anos e 11 meses em regime semiaberto por envolvimento do mensalão, Dirceu já havia progredido para o regime aberto e cumpria a pena em casa quando voltou a ser preso preventivamente em setembro passado por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Lava Jato.

Ele foi enviado para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Na Lava Jato, o ex-ministro responde por organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

De acordo com as investigações, os crimes foram cometidos até dezembro de 2014, ou seja, depois da condenação do mensalão e de ele ter sido transferido para o regime aberto.

Segundo o pedido assinado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não há necessidade de esperar o julgamento da ação contra Dirceu na Justiça Federal do Paraná para que a pena dele regrida ao regime fechado. “A denúncia oferecida foi lastrada em prova contundente e abundante da prática criminosa”, destaca o documento.

Segundo relatórios da investigação, o esquema de corrupção atribuído ao ex-ministro movimentou mais de R$ 59 milhões em propinas. De acordo com a PF, Dirceu constituiu a empresa JD Consultoria e Assessoria para receber dinheiro ilícito do esquema da Petrobras.

A JD teria celebrado contratos falsos com as empresas Engevix Engenharia e Jamp Engenheiros Associados. As empresas teriam desviado propinas oriundas da Petrobras e utilizado os valores para reformar a casa e o apartamento de Dirceu e de seus familiares, segundo mostram as investigações.