Política

Submarino batizado por Bolsonaro foi feito com parceria francesa no governo Lula

Apesar de não ter sido concebido em seu governo, Bolsonaro afirmou que o País tem hoje um presidente cristão e que respeita as Forças Armadas

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Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O submarino Humaitá, batizado na manhã desta sexta-feira, 11, pelo presidente Jair Bolsonaro, foi o segundo construído no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que prevê quatro embarcações. O acordo foi firmado em parceria com a França em 2008, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e as construções são tocadas no Complexo Naval de Itaguaí, na região metropolitana do Rio. Apesar de não ter sido concebido em seu governo, Bolsonaro afirmou que o País tem hoje um presidente cristão e que respeita as Forças Armadas.

O Humaitá tem 72 metros de comprimento e capacidade de deslocamento de 1,8 mil toneladas. É o segundo de quatro submarinos convencionais que estão sendo construídos no País dentro do Prosub. O quarteto é o primeiro grande passo para a fabricação de um modelo com propulsão nuclear, previsto para ser entregue na próxima década.

O projeto está sendo colocado em prática em Itaguaí. O primeiro submarino, Riachuelo, já está em fase de testes no mar e deverá se incorporar à frota da Marinha em meados do próximo ano. O Humaitá, por sua vez, estava na fase final de integração de seus equipamentos e sistemas. Nesta sexta, ele deixou o estaleiro por intermédio de um grande elevador e tocou o mar pela primeira vez.

A previsão da Marinha é que os quatro submarinos convencionais se unam à frota brasileira até 2024. Trata-se de uma adaptação do modelo francês Scorpène. O Humaitá tem cerca de cinco metros a mais, o que possibilita maior capacidade de combustível e mantimentos, dando assim maior autonomia de navegação. A estimativa é de que ele consiga navegar com seus mais de 30 tripulantes por até 80 dias.

O Prosub prevê toda a transferência de tecnologia, o que permitirá que, futuramente, o País tenha total autonomia na construção de submarinos. Para construir esses equipamentos de guerra, o programa incluiu também a concepção de um grande complexo de infraestrutura industrial e de apoio à operação dos submarinos, que foi erguido em Itaguaí. “Estamos tendo a oportunidade especial de presenciar esse legado da nossa força”, apontou Bolsonaro.

O projeto é considerado um marco para a Marinha brasileira. Com a integração dos quatro à frota até 2024, eles se unirão aos cinco modelos mais antigos que operam atualmente. “É um número considerável para nós. Atende a todas as nossas necessidades e ajuda a demonstrar a força do nosso País”, disse, na semana passada, o capitão de Mar e Guerra Otávio Paiva.

Quando os quatro submarinos convencionais estiverem prontos, será a vez de o projeto do primeiro submarino de propulsão nuclear do Brasil ser efetivamente colocado em prática. Se o cronograma for mantido, ele deverá ficar pronto em 2033.