Política

Supremo abre ação contra deputado por compra de ambulância superfaturada

Supremo abre ação contra deputado por compra de ambulância superfaturada Supremo abre ação contra deputado por compra de ambulância superfaturada Supremo abre ação contra deputado por compra de ambulância superfaturada Supremo abre ação contra deputado por compra de ambulância superfaturada

Brasília – Os ministros da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, por unanimidade, abrir uma ação penal contra o deputado Nilton Capixaba (PTB-RO), acusado do crime de peculato, desvio de recursos públicos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o parlamentar por suposta fraude à licitação e prática de sobrepreço na compra de uma ambulância. O caso está ligado à “máfia dos sanguessugas”, deflagrado em 2006, que apurava a ação de uma quadrilha que tinha como objetivo desviar recursos públicos para compra de ambulâncias.

A Procuradoria afirma que o parlamentar esteve envolvido em um esquema que praticou sobrepreço de ao menos R$ 15 mil na compra de uma ambulância nova em favor da empresa Klass Comércio e Representação. A acusação contra Capixaba é de que ele teria usado verba parlamentar para efetuar a compra da ambulância para o município de Cerejeiras, em Rondônia.

A defesa alegou que o parlamentar não tem nenhum envolvimento com o caso e disse que há uma tentativa do Ministério Público de “responsabilização penal objetiva, apenas e tão somente pelo fato do defendente ter apresentado a emenda para o município, sem vinculá-lo a qualquer fato concreto que possa levar a defesa a realizar a mais ampla e efetiva defesa”.

A denúncia foi recebida por unanimidade pelos ministros. O caso é de relatoria do ministro Gilmar Mendes. Votaram com o relator os ministros Dias Toffoli, Celso de Mello e Teori Zavascki. A ministra Cármen Lúcia, que também compõe a Segunda Turma, não estava presente na sessão desta terça.

Arquivamento. Na sessão desta terça-feira, os ministros da Segunda Turma também rejeitaram denúncia oferecida pelo Ministério Público federal contra o deputado federal Maurício Quintella (PR-AL) e Zuleido Veras, dono da empreiteira Gautama. O inquérito foi aberto no âmbito da Operação Navalha, deflagrada em 2007 e que revelou uma quadrilha que atuava na fraude de licitações de obras públicas. Com a decisão, o inquérito no qual os dois eram investigados será arquivado.

Em seu voto, o ministro Gilmar Mendes, relator do caso, negou o recebimento de denúncia contra os dois investigados por “falta de justa causa em relação a ambos os denunciados”, disse o relator. Ele foi seguido pelos ministros Teori Zavascki, Celso de Mello e Dias Toffoli. A ministra Cármen Lúcia, que também compõe a Segunda Turma, não estava presente na sessão.

A suspeita era de que Quintella teria recebido R$ 120 mil de Veras para apresentar uma emenda de R$ 10 milhões em favor da Gautama.