Política

Supremo proíbe que policiais de todas as categorias entrem em greve

Por maioria de votos, em julgamento recurso do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás, os ministros rejeitaram a possibilidade de os agentes cruzarem os braços

Supremo proíbe que policiais de todas as categorias entrem em greve Supremo proíbe que policiais de todas as categorias entrem em greve Supremo proíbe que policiais de todas as categorias entrem em greve Supremo proíbe que policiais de todas as categorias entrem em greve
A maioria da Corte decretou que é vedado aos policiais civis o exercício do direito de greve Foto: ​Rosinei Coutinho/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal decidiu nesta quarta-feira, 5, que policial civil não tem direito de greve. Por maioria de votos, em julgamento recurso do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás, os ministros rejeitaram a possibilidade de os agentes cruzarem os braços.

Pela tese aprovada, fica vetado o direito de greve de policiais civis, federais, rodoviários federais e integrantes do Corpo de Bombeiros, entre outras carreiras ligadas diretamente à segurança pública. Essas carreiras, no entanto, mantêm o direito de se associar a sindicatos.

A decisão, que teve repercussão geral reconhecida e serve para balizar julgamentos em todas as instâncias, foi tomada no julgamento de um recurso extraordinário do estado de Goiás, que questionou a legalidade de uma greve de policiais civis.

No julgamento, prevaleceu o entendimento do ministro Alexandre de Moraes, para quem o interesse público na manutenção da segurança e da paz social deve estar acima do interesse de determinadas categorias de servidores públicos. Para Moraes, os policiais civis integram o braço armado do Estado, o que impede que façam greve.

“O Estado não faz greve. O Estado em greve é um Estado anárquico, e a Constituição não permite isso”, afirmou Moraes.

Foram vencidos os ministros Edson Luiz Fachin, Rosa Weber e Marco Aurélio Mello, votos divergentes da maioria. O placar ficou em 7 a 3.O ministro Alexandre de Moraes considerou que é obrigatória a participação do poder público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras da segurança pública.

Em fevereiro deste ano, o Espírito Santo passou por uma crise na segurança pública após familiares de policiais miliares realizarem protestos em frente aos batalhões da Polícia Militar (PM) no Estado. Eles passaram dias bloqueando a saída de viaturas e polícias das unidades pedidos de reajuste salarial, pagamento de auxílio alimentação, periculosidade, insalubridade, adicional noturno e a valorização dos policiais.

Segundo a Sesp, no total, a Polícia Militar instaurou IPMs para 2.580 policiais militares, PADs RO para 235 PMs e Conselhos de Disciplina para 36 policiais.

Com informações de Agência Brasil.