Política

TCU se exime de responsabilidade em inquérito contra Agripino Maia no STF

TCU se exime de responsabilidade em inquérito contra Agripino Maia no STF TCU se exime de responsabilidade em inquérito contra Agripino Maia no STF TCU se exime de responsabilidade em inquérito contra Agripino Maia no STF TCU se exime de responsabilidade em inquérito contra Agripino Maia no STF

Brasília – Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) informa que o órgão restringiu a fiscalização sobre as obras do estádio Arena das Dunas, no Rio Grande do Norte, apenas à regularidade do envio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à construtora OAS. O documento foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser anexado ao inquérito contra o senador Agripino Maia (RN), presidente do DEM, investigado por suposto recebimento de propina desviada das obras do estádio.

Segundo o documento, a aplicação das verbas da União nas construções ou reformas de arenas era de responsabilidade dos Estados; no caso da aplicação dos recursos, dos tribunais de contas dos Estados. “As competências e as prerrogativas do TCU na fiscalização de tais empreendimentos ficaram restritas ao exame da regularidade desses financiamentos”, afirma o relatório, que traz em anexo dados sobre seis processos de fiscalização realizados nos repasses do banco estatal destinados às obras da arena potiguar.

O estádio custou R$ 423 milhões e foi construído para a Copa do Mundo de 2014 por meio de uma parceira público-privada. Desse total, R$ 100 milhões foram financiados pela OAS; o restante, pelo governo do Rio Grande do Norte, por meio do BNDES. A licitação para construir o estádio foi ganha pela OAS em 2011, na gestão da governadora Rosalba Ciarlini, também do DEM.

O ministro Luis Roberto Barroso, relator do inquérito no STF, considera haver indícios de que Agripino recebeu propina “em troca de auxílio na superação de entraves à liberação de recursos de financiamento do BNDES” que foram destinados à OAS, construtora responsável pelas obras do estádio.

Segundo o pedido de investigação, feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte chegou a identificar irregularidades e proferiu decisões que impediam a continuidade dos repasses. Segundo Janot, essas decisões foram revogadas depois da interferência de Agripino Maia. Em contrapartida, a empreiteira teria pago R$ 500 mil ao senador em forma de doações eleitorais.