Política

Temer diz que Jucá continuará auxiliando governo

A nota assinada pelo presidente interino e distribuída à imprensa oficializa que Jucá solicitou nesta segunda-feira o afastamento de seu cargo

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Temer afirmou que Romero Jucá vai continuar auxiliando o Governo Federal no Congresso de forma decisiva Foto: Divulgação

Brasília – O presidente em exercício Michel Temer afirmou, por meio de nota, que o ministro do Planejamento Romero Jucá vai continuar “auxiliando o Governo Federal no Congresso de forma decisiva, com sua imensa capacidade política”, apesar de ter anunciado seu afastamento do cargo de ministro.

A nota assinada pelo presidente interino e distribuída à imprensa oficializa que Jucá solicitou nesta segunda, 23, o afastamento de seu cargo, “até que sejam esclarecidas as informações divulgadas pela imprensa”. A saída de Jucá foi consequência das conversas gravadas e divulgadas pela Folha de S.Paulo, entre ele e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em que Jucá supostamente fala da tentativa de se barrar a Operação Lava Jato com o afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República.

Temer salienta, na nota, que conta que Jucá continuará, neste período, em que se afasta do Ministério e retorna ao Senado. Embora oficialmente se diga que, assim que o Ministério Público se pronunciar sobre o caso, Jucá poderia retornar ao Planejamento, efetivamente, no Planalto, ninguém acredita nesta hipótese.

Na nota, Temer fez questão de elogiar a competência de Jucá. “Registro o trabalho competente e a dedicação do ministro Jucá no correto diagnóstico de nossa crise financeira e na excepcional formulação de medidas a serem apresentadas, brevemente, para a correção do déficit fiscal e da retomada do crescimento da economia”, declarou o presidente.

Tomei decisão de deixar o cargo sem consultar Temer, diz Jucá

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, que anunciou seu afastamento do cargo hoje, afirmou nesta segunda-feira, 23, que voltará ao Senado amanhã se o presidente em exercício, Michel Temer, permitir. Jucá disse ainda que tomou a decisão de se licenciar sem consultar o presidente e frisou que estava indo conversar com Temer para decidir o melhor caminho.

“Tomei a decisão de deixar o cargo sem consultar Temer, vou falar com ele agora”, afirmou ao deixar a reunião do colegiado da Comissão Mista de Orçamento (CMO), antes de falar que irá ao Ministério Público questionar se sua fala com Sérgio Machado é “algum crime”. “Entendo que não há crime em tudo que eu fiz”, disse.

Jucá disse ainda que espera que a comissão vote ainda hoje a alteração da meta fiscal que permite um rombo de R$ 170,5 bilhões nas contas do governo ao final desse ano, mas caso o colegiado não vote hoje, o Congresso votará a matéria amanhã. “Se não votarem meta fiscal até 11 horas de amanhã, ela vai direto ao Plenário”, disse.