“Estamos proibidos de falar que o Espírito Santo é violento”, alegou o vice-presidente estadual do PSDB e pré-candidato ao Governo Guerino Balestrassi, em propaganda que foi retirada do ar pela justiça na terça-feira (15). Para o presidente estadual do PSB, Luiz Ciciliotti, o caso não é bem assim.
Cicilioti disse que o partido entrou na justiça pela retirada da propaganda do ar por se sentir prejudicado. “Toda vez que o partido se sentir prejudicado, vai entrar com um recurso”, disse.
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O socialista destacou que o PSB defende o fortalecimento das instituições, como os partidos, por exemplo, e que está aberto ao diálogo. “Nós estamos num processo de debate, de diálogos. Se houver críticas nós estamos dispostos a debatê-las no diálogo e na política. Agora, quando você vai a um veículo de comunicação e expõe isso em um programa de partido político, nós entendemos que não teve diálogo antes”, disse.
Ciciliotti frisou que o PSDB tem o direito de veicular suas propostas e seu conteúdo programático, porém classificou as críticas tucanas como “sem fundamento”.
O PSDB prometeu que vai entrar com um recurso contra a decisão judicial que suspende a propaganda. A decisão do desembargador Sérgio Gama foi proferida na última terça-feira (15), e prevê que o conteúdo seja substituído por outro nas próximas inserções a serem feitas pelo partido na TV.
“Nós vamos recorrer dessa decisão, assim como recorremos na decisão passada. Aliás, o nosso primeiro recurso ainda não foi julgado, mas vamos continuar recorrendo”, disse Balestrassi à reportagem do Folha Vitória.
Entenda o caso
A propaganda exibida pelo PSDB no dia 7 de abril fazia críticas à gestão do governador Renato Casagrande (PSB) a partir de matérias jornalísticas com dados sobre violência e tráfico de drogas, além de utilizar o jingle do Governo.
Ao fim da apresentação, Guerino disparava a seguinte frase: “A mudança tem nome: PSDB”.
Diante das críticas, o PSB ingressou com uma ação na Justiça na qual pedia a retirada do conteúdo do ar, alegando campanha eleitoral antecipada. O pedido foi acatado pela Justiça, que determinou a substituição do conteúdo.
Na segunda-feira (14), a propaganda dizia que a sigla foi alvo de censura. Os tucanos criticaram o fato de os socialistas terem ingressado com uma ação na Justiça contra a propaganda exibida no dia 07 deste mês, e que também foi suspensa.
