Política

Transparência pede informações sobre remoção de Vidigal em helicóptero do Governo após acidente

O secretário-geral da entidade afirmou que quer saber se o serviço também é prestado para qualquer cidadão

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C. E. Estabelece Medidas contra a Corrupção (PL 4850/16)
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O transporte do deputado Sérgio Vidigal (PDT) feito por um helicóptero fornecido pelo Governo do Espírito Santo após o acidente Minas Gerais no último domingo (1), é alvo de questionamentos da Transparência Capixaba. Na última quarta-feira (4) a ONG enviou à Ouvidoria-Geral do Estado um pedido de informações sobre o transporte do parlamentar de um hospital da cidade mineira para um hospital particular da Serra.

Segundo o secretário-geral da Transparência, Edmar Camata, a entidade quer saber se o serviço também é prestado para qualquer cidadão ou se foi dado como privilégio pela condição do deputado.

“O que estão comentando é que nunca viram um serviço de remoção de pessoas que têm plano de saúde e que não estão em estado de emergência por helicóptero público. A nossa preocupação é se esse é um serviço que qualquer cidadão tem acesso. Se não for, isso é um serviço que foi dado como privilégio”, afirma Camata.

Ainda de acordo com o secretário, o pedido de informação sempre é prévio a uma avaliação para saber se é uma situação que atendeu regularmente ao que está nas normas e o Governo do Estado tem um prazo de 10 dias para repassar a resposta. “Se não estiver nas normas, estamos diante de uma prestação indevida. Um helicóptero interestadual tem um custo elevado e queremos saber o valor também”, conclui.

A assessoria de imprensa do deputado federal Sérgio Vidigal informou, por meio de nota, que a remoção aérea do paciente Sérgio Vidigal, de Manhuaçu (MG) para o hospital no município da Serra (ES), ocorreu de acordo com o protocolo estabelecido obedecendo às normas legais de atendimento realizado pelo SAMU. Os primeiros socorros foram realizados pelo Corpo de Bombeiros, o deputado foi levado para a UPA de Manhuaçu e posterior para o Hospital Filantrópico César Leite. A solicitação foi entre hospital e Secretaria de Estado da Saúde, em função da urgência de exames complementares e da gravidade do acidente que vitimou o deputado.

A Casa Militar confirmou, também por nota, que a remoção aérea do paciente Sérgio Vidigal, de Manhuaçu (MG) para o hospital no município da Serra (ES), foi solicitada pela unidade onde ele estava internado em Minas Gerais à Secretaria de Estado da Saúde, de acordo com o protocolo estabelecido para atendimento de qualquer cidadão. A transferência foi solicitada devido à necessidade de realização de exames complementares de urgência para avaliar a condição do paciente. O trabalho de remoção aérea é realizado sistematicamente pela Sesa em parceria com a Casa Militar. Só em setembro foram realizados 19 atendimentos desta natureza.