Política

Uber estuda chegar em Vitória, mas aplicativo ainda está na mira dos vereadores

A decisão de manter ou derrubar o veto do prefeito Luciano Rezende à proibição da Uber em Vitória seria tomada hoje, mas foi adiada para a semana que vem

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Aplicativo está presente em 10 cidades brasileiras Foto: Divulgação

A decisão da Câmara Municipal de Vitória de voltar a proibir a operação da Uber em Vitória ou manter o veto do prefeito Luciano Rezende (PPS) à proposta vai ficar para a próxima terça-feira (7), às 16 horas. De autoria do vereador Rogerinho Pinheiro (PHS), ligado à categoria dos taxistas, o projeto chegou a ser discutido no Plenário da Câmara Municipal, mas a votação foi adiada para a semana que vem.

Presente em 404 cidades do mundo, sendo dez no Brasil (Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, onde entrou em operação nesta quinta-feira) a empresa não descarta chegar a Vitória neste ano. 

A companhia informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que avalia a possibilidade de Vitória passar a receber a Uber em algum momento de 2016, mas que para isso realiza avaliações que levam em consideração a busca de talentos e a vontade dos cidadãos em trabalhar de forma autônoma e flexível.

Polêmica

Polêmica desde que veio a público, em agosto do ano passado, a tentativa de proibir o Uber em Vitória divide opiniões. Na opinião de Rogerinho, o Uber, que oferece serviço de transporte de passageiros por motoristas cadastrados no aplicativo, fere leis federais e municipais, por não estar submetido às mesmas condições de regulamentação e fiscalização dos táxis.

Já para outros, como o prefeito Luciano Rezende, que seguiu parecer da Comissão de Justiça, Serviço Público e Redação ao decidir vetar a proibição, o Uber é legal. Especialistas defendem que o fato de uma empresa oferecer serviço ainda não regulamentado não significa que ele é ilegal ou pirata.

Em entrevista ao Folha Vitória, o vereador Rogerinho Pinheiro afirmou que o uso dos serviços da empresa mundial poderia colocar em risco a segurança dos passageiros. “Não tendo fiscalização qualquer um pode dizer que está cadastrado no sistema e pegar clientes em pontos de táxis. Sejam assaltantes, bandidos ou molestadores”, argumentou. 

A Uber, por sua vez, rechaça a possibilidade ao afirmar que dispõe de diversas opções que protegem a integridade de seus usuários. A empresa cita, por exemplo, que todas as viagens são seguradas, que oferece equipes de respostas a incidentes 24 horas por dia, torna anônimos os números de telefone dos passageiros e fornece dados do perfil do motorista, como nome, número de placa, foto e avaliação.