Política

'Vazamento não contribui para estabilidade política', diz Pauderney

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Brasília – Em uma tentativa de blindar o governo, o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), criticou o vazamento do conteúdo de delações premiadas no âmbito da Operação Lava Jato e fez uma defesa do advogado José Yunes, assessor especial do presidente Michel Temer que pediu demissão nesta quarta-feira, 14, após ser citado por um dos executivos da Odebrecht. O vice-presidente nacional do PSDB e ex-governador de São Paulo Alberto Goldman também criticou o vazamento nesta quarta.

Pauderney comparou o caso de Yunes com o de Henrique Hargreaves, que foi ministro da Casa Civil do governo Itamar Franco e pediu demissão após ser envolvido em um caso de corrupção, mas voltou ao governo após provar a sua inocência. “Eu entendo que ele poderá fazer a mesma coisa. Ou seja, sai agora e, se houver a comprovação da sua inocência, ele poderia retornar”, disse.

O líder do DEM também afirmou que o partido continua firme no apoio a Temer e criticou os vazamentos de informações contra integrantes do governo. “Acho que o vazamento neste momento não contribui para a estabilidade política”, disse. Para Pauderney, quem cometeu atos ilícitos precisa ser punido, mas só após os fatos serem comprovados e não apenas por conta de uma citação em uma delação premiada.

“O vazamento, muitas vezes, ele é apenas o roteiro onde a verdade é do delator, ele pode estar escrevendo um roteiro para se safar. Acho que existe a necessidade da comprovação através de provas, a pessoa deve ter pelo menos o benefício da dúvida”, disse.

Apesar das críticas, o democrata defendeu a importância da Operação Lava Jato, que, segundo ele, estaria passando o País a limpo. “Não tenho dúvidas de que muita gente será afastada da política, mas nós confiamos que o presidente Michel Temer irá atravessar este momento.”

Desde o fim de semana, o governo Temer vem tentando contornar os prejuízos políticos causados pelo vazamento do acordo de delação de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht. Melo citou o pagamento de propina a diversos integrantes do governo. Yunes foi o primeiro a deixar o cargo por conta das denúncias.