Política

'Vou ter de instalar comissão do abuso de autoridade', afirma Maia

O projeto foi aprovado pela plenário do Senado em abril e enviado para a Câmara, onde está parado desde então

‘Vou ter de instalar comissão do abuso de autoridade’, afirma Maia ‘Vou ter de instalar comissão do abuso de autoridade’, afirma Maia ‘Vou ter de instalar comissão do abuso de autoridade’, afirma Maia ‘Vou ter de instalar comissão do abuso de autoridade’, afirma Maia
Segundo Maia, o processo de instalação deve durar duas ou três semanas Foto: EBC

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 11, que não tem alternativa, senão instalar uma comissão especial na Casa para analisar o projeto que trata da revisão da lei de abuso de autoridade para juízes e membros do Ministério Público. Segundo ele, o processo de instalação deve durar duas ou três semanas para ser concluído.

“Vou ter de instalar a comissão, né. Não tenho muita alternativa. Vou ver o melhor momento”, afirmou Maia em entrevista ao chegar à Câmara, após reunião com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, e o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte.

“A princípio, a ideia é que possamos começar esse debate com calma, sem pressa”, acrescentou o parlamentar fluminense.

O projeto de abuso de autoridade foi aprovado pelo plenário do Senado em 26 de abril e enviado para a Câmara, onde está parado desde então. Em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, no fim de abril, Maia disse que o abuso de autoridade e o fim do foro privilegiado são temas fundamentais para serem tratados pelo Congresso Nacional, mas que, na avaliação dele, “talvez não seja o momento” adequado para votá-los.

Para o presidente da Câmara, há dois pesos e duas medidas nas discussões sobre o projeto. “Da mesma forma que aprovar uma lei de abuso pode parecer vontade de acabar com a Lava Jato, nesse momento de criminalização da política, modificar o foro pode gerar ambiente de caça às bruxas muito grande. Se há legitimidade para um, há para o outro”, disse Maia na entrevista ao Broadcast.