Os santos do catolicismo carregam consigo diversas histórias de fé e tradição, com alguns deles sendo mais populares que outros, como é o caso de Santo Antônio, considerado por muitos como o “santo casamenteiro“.
O Dia de Santo Antônio é celebrado nesta sexta-feira (13), atraindo os “solteirões” a fazerem simpatias para “desencalharem”. A tradição mais conhecida é a de colocar a imagem do santo de cabeça para baixo dentro de um copo com água.
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Há quem diga que essa simpatia atrai um novo amor ou alguém para engatar o primeiro relacionamento, mas, os “milagres do amor”, realizados por Santo Antônio, nunca foram comprovados pela Igreja Católica.
Mesmo assim, existem algumas explicações para o santo ter a fama de casamenteiro. A primeira é que, durante a vida, Santo Antônio era contra aos casamentos arranjados ou por interesses das famílias, acreditando que o amor deve ser a principal causa do matrimônio.
Uma outra explicação pode ter vindo da história de que ele teria desviado doações para ajudar no casamento de um fiel.
Ainda segundo a tradição popular, ele faz os casamentos se concretizarem, mas, nem sempre é o casamento que a pessoa deseja ou merece. Por isso, segundo as crenças, é preciso ser certeiro no pedido.
Em entrevista ao Folha Vitória, o coordenador do Apostolado Bíblico de Belo Horizonte, padre Freddy Fingila, acredita que as histórias relatadas por algumas pessoas podem ter sim relação com Santo Antônio, pois, para ele, a fé vai de cada um.
Isso vem da crença, pois a crença já não é uma coisa que você deve verificar ou é falar com toda certeza. Pode acontecer, pode não acontecer, mas aí isso já é da fé da pessoa que tá fazendo isso, disse o padre.
O padre também contou uma outra versão de crença popular que coloca Santo Antônio como “casamenteiro”. Segundo ele, uma mulher tinha a imagem do santo e rezava para encontrar o marido, mas, algo inesperado aconteceu.
“Uma mulher tinha a imagem de Santo Antônio na casa dela e essa mulher sempre rezava a Deus pela intercessão de Santo Antônio na frente daquela imagem para que ela conseguisse um namorado ou um marido. Mas depois de muito tempo, ela se zangou porque ela não conseguiu um marido. E aí, ela se zangou, pegou a imagem, jogou para fora”, contou o padre.
A história se encerra de uma forma mais inesperada ainda, pois a mulher conseguiu o “par perfeito” após jogar o santo fora.
Quando essa mulher jogou essa imagem para fora, acabou caindo na rua, e um homem estava passando por aquele lugar, viu a imagem, pegou e foi procurar o quarto daquela senhora, por onde a imagem tinha caído. Parece que deu casamento entre aquele homem e aquele aquela mulher. Por isso que aí o povo fala o seguinte que Santo Antônio é o santo casamenteiro, contou o padre.
Por conta dessas e mais outras histórias e crenças populares, o Dia de Santo Antônio costuma ser um dos mais esperados por solteiros que querem casar e casais que querem ter um casamento melhor.
Não se brinca com a crença das pessoas. Pode acontecer, pode não acontecer, mas isso já se trata da crença e da fé da pessoa que tá fazendo isso. Porque quando a pessoa faz isso, às vezes ouviu falar de que uma outra pessoa tinha feito e tinha conseguido. Ou às vezes eu fui aconselhado por uma outra pessoa para fazer aquilo ali, né? Então aí é muito difícil você dizer que será que funciona ou não funciona, disse o padre.
Aprenda a oração de Santo Antônio
“A vós, Antônio, cheio de amor a Deus e aos homens, que tiveste a sorte de estreitar entre teus braços ao Menino-Deus, a ti cheio de confiança, recorro na presente tribulação que me acompanha (diga o problema que o aflige).
Peço-te também por meus irmãos mais necessitados, pelos que sofrem e pelos oprimidos, pelos marginalizados e aqueles que, hoje, mais necessitam de sua proteção. Fazei com que nos amemos todos como irmãos e que, no mundo, haja amor e não ódio. Ajudai-nos a viver a mensagem de Cristo.
Vós, em presença do Senhor Jesus, não cesses de interceder a Ele, com Ele e por Ele a nosso favor ante o Pai. Amém.”
*Texto sob supervisão da editora Erika Santos
Estagiário
Estagiário do Folha Vitória, graduando em Jornalismo, pela Faesa, e em Letras, pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes)
