O cardeal norte-americano Robert Prevost foi anunciado nesta quarta-feira (7) como novo líder da Igreja Católica, nomeado Leão XIV, sucedendo o papa Francisco.
Ainda que não tenha se pronunciado publicamente sobre temas considerados espinhosos para o catolicismo após se tornar pontífice, o novo papa já se posicionou sobre assuntos polêmicos envolvendo a religião no passado.
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Comunidade LGBTQIAPN+: postura conservadora
Ao contrário do antecessor, Francisco, que disse não poder julgar pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ em 2013, Leão XIV mostrou ter uma postura mais conservadora no passado.
Em discurso para bispos em 2012, o agora papa afirmou lamentar que a mídia estivesse “incentivando simpatia por crenças e práticas contrárias ao evangelho”, citando o casamento homossexual como exemplo.
O religioso citou diretamente “estilo de vida homossexual” e “famílias alternativas compostas por parceiros do mesmo sexo e seus filhos adotivos”.
Durante o tempo como bispo, no Peru, ele também se mostrou contrário a incluir ensinamentos sobre gênero nas escolas.
A promoção da ideologia de gênero é confusa, porque busca criar gêneros que não existem, declarou à época.
Donald Trump e os imigrantes
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parabenizou o compatriota por sua eleição como novo sumo pontífice. Apesar disso, Prevost já desferiu críticas ao republicano e seu vice, JD Vance.
Pelas redes sociais, o novo papa republicou reportagens que questionavam o tratamento do governo Donald Trump aos imigrantes.
A reportagem tratava de uma fala de JD Vance, em que o vice-presidente norte-americano dizia haver um princípio cristão de que as pessoas deveriam antes amar a sua família, depois outras pessoas.
A esta fala, Leão XIV respondeu dizendo que “JD Vance está errado, Jesus não nos pede para hierarquizar nosso amor pelos outros”.
Em 2015, quando Donald Trump anunciou sua primeira candidatura à presidência, o então bispo republicou um artigo escrito pelo cardeal Timothy Dolan, que apresentava críticas ao discurso anti-imigração do presidenciável.
“Não me cabe dizer às pessoas quais candidatos elas devem apoiar ou quem merece seu voto. Mas, como católico, levo a sério o ensinamento bíblico de que devemos acolher o estrangeiro, um dos imperativos morais mais mencionados tanto no Antigo quanto no Novo Testamento”, disse.
Pena de morte
Após o anúncio de que assumiria como papa, as redes sociais do agora pontífice foram totalmente reviradas por seguidores. Dentre as publicações, foram encontrados tuítes em que o papa condena a pena de morte.
“É hora de acabarmos com a pena de morte”, diz o pontífice em uma publicação no X, antigo Twitter.
Leão XIV é considerado um sucessor lógico para Francisco, por ter pensamento parecido ao do falecido papa, além de também contar com passado missionário na América Latina, mais precisamente no Peru.
*Com informações do Metrópoles