Saúde

Adolescente morre aos 17 anos durante cirurgia de remoção de siso; veja riscos do procedimento

Especialistas alertam para os riscos associados à extração de sisos; veja também casos semelhantes no Brasil

Foto: Reprodução

A morte de um adolescente de 17 anos durante uma cirurgia de remoção de siso nos Estados Unidos levantou discussões sobre os riscos e cuidados necessários nesse procedimento odontológico

Erik Edge não resistiu às complicações que surgiram após uma reação à anestesia. O caso, ocorrido em junho na clínica Liberty Oral and Facial Surgery, emitiu um alerta sobre práticas médicas inadequadas e o papel crucial de especialistas em situações delicadas como essa.

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O QUE ACONTECEU?

De acordo com os familiares, Erik sofreu um fechamento da garganta após a aplicação da anestesia, o que impediu sua respiração. A mãe do jovem, Sara Edges, relatou que o filho foi submetido a reanimações cardiopulmonares múltiplas, mas não sobreviveu. 

A família atribui a tragédia a um erro médico e acusa o cirurgião-dentista Bryan McClelland, que teria acumulado as funções de cirurgião e anestesista durante o procedimento.

Os pais de Erik afirmam que a morte poderia ter sido evitada caso um especialista em anestesia estivesse presente. Para eles, o cirurgião priorizou a redução de custos em detrimento da segurança do paciente. 

Como resultado, a família iniciou um processo judicial contra o profissional e a clínica onde o procedimento foi realizado.

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Foto: Freepik/ArtPhoto_studio

O PAPEL DOS DENTES SISO E POR QUE REMOVÊ-LOS

Os dentes do siso, ou terceiros molares, geralmente aparecem entre os 16 e 20 anos, mas nem sempre têm espaço suficiente para crescer de forma adequada. Isso pode levar a problemas como dor, desalinhamento dos outros dentes, inflamações e até infecções.

Com a evolução humana, esses dentes perderam a funcionalidade e, em muitos casos, sua remoção é recomendada para evitar complicações. 

A cirurgia é indicada após uma avaliação clínica e radiográfica, que determina o impacto do siso na saúde bucal do paciente.

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Foto: Reprodução/Freepik – @ASphotofamily

COMO É REALIZADA A CIRURGIA?

A remoção do siso é um procedimento comum na odontologia, mas que exige cuidados específicos. A cirurgia começa com a aplicação de anestesia local para bloquear a dor. Em situações mais complexas, como em pacientes com condições médicas pré-existentes ou dificuldades respiratórias, a anestesia geral pode ser necessária.

Após a anestesia, o dentista realiza uma incisão na gengiva para acessar o dente. Dependendo do caso, o dente pode ser extraído em pedaços para facilitar a remoção. Ao final, a área é suturada para promover uma cicatrização adequada. O procedimento pode levar de 30 minutos a uma hora, variando de acordo com a complexidade.

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QUAIS OS RISCOS ENVOLVIDOS?

Apesar de ser amplamente realizada e considerada segura, a extração de siso não está isenta de riscos. Entre os mais comuns estão:

Infecções: Podem surgir caso a área não seja higienizada corretamente.

Sangramento: É esperado em pequenas quantidades, mas pode se tornar excessivo em alguns casos.

Lesões nos nervos: Podem causar dormência temporária ou permanente na língua, lábios ou queixo.

Reações à anestesia: Embora raras, complicações graves como as que ocorreram com Erik Edge podem acontecer.

Segundo dados da Associação Norte-Americana de Cirurgiões Orais e Maxilofaciais, a probabilidade de morte durante a remoção do siso é de aproximadamente 1 em 365.534. Essa estatística destaca a necessidade de precauções rigorosas durante o procedimento.

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Foto: Reprodução

CASOS SEMELHANTES NO BRASIL

No Brasil, outros incidentes graves relacionados à extração de sisos ganharam repercussão recente:

Marina Mesquita da Silva, 23 anos: Após a cirurgia, Marina desenvolveu celulite facial e um abscesso dentário. Dez dias depois, sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e morreu.

José Eliezio Oliveira Silva, 50 anos: O paciente faleceu após desenvolver uma infecção generalizada uma semana depois de remover um siso na rede pública em Fortaleza (CE).

Ambos os casos destacam a importância de cuidados pós-operatórios e de intervenções adequadas durante o procedimento.

Laísa Menezes, repórter do Folha Vitória
Laísa Menezes

Repórter

Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa, pós-graduanda em Branding pela Universidade Castelo Branco, Alumni do Susi Leaders (Ed. 2023). Atua no Folha Vitória desde maio de 2024.

Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa, pós-graduanda em Branding pela Universidade Castelo Branco, Alumni do Susi Leaders (Ed. 2023). Atua no Folha Vitória desde maio de 2024.