Saúde

Cannabis no tratamento oncológico depende de mais estudos, aponta médico

De acordo com os especialistas as pesquisas ainda estão ocorrendo em várias instituições e elas apontam caminhos diferentes

Cannabis no tratamento oncológico depende de mais estudos, aponta médico Cannabis no tratamento oncológico depende de mais estudos, aponta médico Cannabis no tratamento oncológico depende de mais estudos, aponta médico Cannabis no tratamento oncológico depende de mais estudos, aponta médico
Foto: Divulgação

Apesar da ampla discussão sobre o uso da cannabis no tratamento oncológico, ainda faltam estudos científicos que garantam o uso dessa substância com segurança no tratamento dos pacientes com câncer. “As pesquisas ainda estão ocorrendo em várias instituições e elas apontam caminhos diferentes. Algumas revelam que os canabinóides atuam como supressores dos tumores. Por outro lado, temos estudos que apontam sua ação anti-inflamatória e que acaba bloqueando o sistema de respostas do corpo ao câncer”, explica Ramon Andrade de Mello, médico oncologista. 

O uso da cannabis no tratamento do paciente oncológico ocorre para ajudar na administração da dor, nos eventuais efeitos colaterais da quimioterapia, além de contribuir para controlar a ansiedade e depressão. “Apesar de apontar para esses benefícios, já encontramos medicamentos que podem oferecer os mesmos resultados com maior segurança de estudos clínicos realizados”, aponta o especialista. 

O oncologista alerta que a cannabis conta com duas substâncias que atuam no organismo. O tetrahidrocannabional (THC) é reconhecido por ser responsável pelos efeitos alucinógenos. Já o canabidiol (CBD) pode ter efeitos múltiplos no paciente. “Essa substância pode ser encontrada, inclusive, em alguns tipos de câncer. Por isso, o paciente oncológico deve comunicar ao seu médico caso faça uso da cannabis. Esse procedimento pode interferir no tratamento, inclusive em fases importantes para aqueles que estejam recebendo imunoterapia”, pontua o médico Ramon Andrade de Mello.