“A primeira doação? Nem me lembro, já faz muito tempo…” É assim, de forma simples e leve, que o profissional de educação física Fabricio Pimentel dos Santos fala sobre o início da sua trajetória como doador de sangue.
O que começou com um ato de solidariedade, para ajudar a irmã de uma amiga, diagnosticada com leucemia, acabou se tornando uma rotina para o capixaba, o que tem contribuído para diversos pacientes.
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O dia 14 de junho foi declarado o Dia Mundial do Doador de Sangue, para homenagear pessoas que, como o Fabrício, tornaram a doação parte das suas vidas.
De um gesto pontual a um estilo de vida
Quando Fabrício soube que a irmã da amiga precisava da doação de sangue para continuar o tratamento, não pensou duas vezes, mesmo que ainda não tivesse doado anteriormente.
A história dessa amiga me marcou, pois ela infelizmente não resistiu. Mas, desde o tratamento dela, já doei inúmeras vezes e faço isso sempre que posso.
Atualmente, ele doa sangue de três a quatro vezes por ano. Além disso, também participa de procedimentos de aféreses que, segundo o Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes), consiste na retirada do sangue total do doador, separação dos componentes por meio de centrifugação, retendo a parte desejada e retornando os demais componentes do sangue para o doador.
Sentimento de felicidade após cada doação
Apesar do momento da doação ser um pouco assustador para algumas pessoas, Fabrício afirma que o sentimento de felicidade após o ato de solidariedade vale a pena.
“Após cada doação me sinto muito bem, tanto pelo sentimento de dever cumprido, quanto com a minha saúde física. Depois da doação, só mantenho repouso para recuperação do corpo”, destaca.
Ele ainda pede que, quem ainda tem medo de doar, procure o Hemoes e entenda como o procedimento funciona e quantas pessoas podem ser ajudadas pela doação
“Doar sangue é extremamente importante e ajuda pessoas em diversas situações de saúde. Se você ainda não doou e tem dúvidas, procure o Hemoes.
Quem pode doar sangue?
Pessoas com idade entre 16 e 59 anos, com peso acima de 50 quilos e quadro geral de saúde saudável, podem realizar a doação.
Outra dúvida comum é se pessoas com tatuagem piercing ou micropigmentação podem ser doadores e a resposta é sim, segundo o hematologista Douglas Covre Stocco.
“Nesses casos, o tempo de espera mínimo para a realização da doação é de 6 meses a 1 ano após o procedimento”, ressalta.
Além disso, o especialista orienta que é preciso ter seis horas de sono, na noite anterior, e não fazer jejum, prática que muitas pessoas consideram correta.
Bancos de sangue em estado crítico no ES
Segundo divulgado pelo Hemoes em sua última atualização, 13 de junho, os níveis dos bancos de sangue do estado estão em estado crítico.
Segundo a instituição, são necessários 120 doadores por dia para manter os estoques de sangue em níveis adequados e atender à demanda constante dos hospitais. “Em 2025, de janeiro até abril, o número é de aproximadamente, 15.450 mil doações realizadas na rede Hemocentro Estadual”, destaca.
Para comemorar o Junho Vermelho e o dia do doador de sangue, todas as unidades do Hemoes contarão com programações especiais durante o sábado para incentivar o aumento da doação.
Quando o assunto é doação de sangue, o recado de Fabrício é claro: “Doe sempre que puder.”
