A maioria das pessoas passa a vida toda fazendo dietas, mudando hábitos alimentares, mas dificilmente atinge o corpo ideal. Existe muita confusão em relação as dietas, principalmente, com a falsa ideia de que comer de três em três horas emagrece.
Mas uma técnica milenar, que não é dieta, e, sim, um conceito, um estilo de vida, pode te ajudar. É o jejum intermitente. Mas como assim: ficar sem comer? Pode assustar, mas, com recomendação médica, essa técnica pode ser muito eficaz para o emagrecimento, através da limpeza do organismo e da aceleração do metabolismo.
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Segundo o cirurgião cardíaco, nutrólogo e especialista em Medicina Preventiva e Longevidade, Edmundo Antunes, toda vez que consumimos uma quantidade maior de carboidratos ou de proteína, esses são transformados e estocados como energia e depois de um tempo, em gordura, o que ocasiona o aumento de peso.
“O glicogênio é a nossa fonte de energia inicial. A gordura é como se fosse a nossa poupança e o corpo, dificilmente, a utiliza para gerar energia. E se você come de três em três horas, está adquirindo cada vez mais estoque de gordura. Quando você jejua, estimula o seu corpo a parar de usar o carboidrato, como fonte energética, e ele passa a usar a gordura, como fonte de energia. E a gordura que mais vai embora é a abdominal, que tem maior impacto na sua saúde, pois aumenta os riscos de doenças cardiovasculares e de câncer”, esclarece.
O médico afirma que não é um bicho de sete cabeças jejuar. Um jejum de 16 horas, por exemplo, pode ser facilmente atingido com o simples pulo do café da manhã.
“Se você janta, às 20 horas, basta pular o café da manhã e almoçar, às 12 horas, do dia seguinte. Isso já te deu 16 horas de jejum e já foi o suficiente para induzir uma mudança hormonal expressiva no seu corpo, que vai fazer com que a queima da gordura se acelere”, orientou.
Porém, conforme o médico admite, os primeiros dias podem ser bem difíceis. Algumas pessoas relatam mal estar. E algumas dicas do nutrólogo são fundamentais, como: começar com o jejum intermitente de 12 horas, três vezes na semana. Não fazer atividade física nos dias de jejum e optar por exercícios mais leves e somente quando estiver se alimentando.
“Também há aminoácidos e outras substâncias, com indicações médicas, que podem ajudar no aumento da energia, no período de jejum. Água com gás e limão também é ótimo, pois tira a necessidade de beliscar algo durante o dia”, concluiu.
Médico perdeu 50 quilos com jejum intermitente
E além de especialista no assunto, Edmundo Antunes é exemplo vivo de que se pode emagrecer, associando o jejum intermitente com atividades físicas. O médico chegou a pesar 140 quilos. E emagreceu 50, através da prática milenar. Ele contou que tentou emagrecer com várias dietas, mas não atingia os resultados esperados. Por causa do sobrepeso, ele desencadeou um quadro de fibromialgia e muitas dores.
Foi aí que ele começou a fazer o jejum intermitente, três vezes na semana, intercalados com atividades, como caminhada e bicicleta. Para potencializar ainda mais as perdas de medidas, fora do período de jejum, Edmundo optou por fazer, também, a dieta cetogênica, na qual, não se pode comer nada que tenha raízes. E só, nos primeiro três meses, ele se deparou com 30 quilos a menos.
“Hoje em dia, meu corpo se adaptou ao jejum intermitente e fico até 24 horas nesse estilo de vida. Sigo assim, e me sinto muito bem e com energia para todas as minhas funções diárias. Vale a pena”, compartilhou.
