Saúde

Entenda os sintomas do câncer colorretal

A maioria dos casos surge a partir de pólipos no intestino grosso. Diagnóstico precoce traz grandes chances de cura.

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O câncer de colorretal é um tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso e no reto. Um tipo de câncer silencioso, que não costuma apresentar sinais, dificultando sua detecção precoce. Estar atento às mudanças no corpo e aos sintomas pode auxiliar na descoberta precoce da doença, que é curável.

Foto: Divulgação

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de cólon e reto é o terceiro tipo mais comum no Brasil. A estimativa é que mais de 40 mil novos casos possam surgir no país. A incidência é maior a partir dos 50 anos, e a doença acomete homens e mulheres em igual proporção.

Quando diagnosticado na forma inicial no intestino grosso (o cólon) e o reto (final do intestino, porção localizada antes do ânus), antes de se espalhar para outros órgãos – ou seja, criar metástases – o câncer é tratável e tem grandes chances de cura. A principal forma de prevenção é por meio de exames de rotina, como a colonoscopia, que detecta os pólipos na região antes de eles se transformarem em tumores.

Além da idade, a oncologista clínica Cintia Nascimento Givigi, da Oncoclínicas Espírito Santo, listou alguns fatores de risco da doença. “Uma alimentação que é rica em gorduras e pobre em fibras, além do consumo constante de bebidas alcoólicas e cigarro podem levar a esse tipo de câncer. Algumas síndromes familiares genéticas, como Síndrome de Lynch, podem causar uma predisposição precoce”, relatou a médica.

O principal sinal da doença é a perda de peso sem causa aparente, conforme explicou a oncologista clínica da Oncoclínicas ES, Fernanda Cesar de Oliveira. “Pessoas que perderam peso sem estar fazendo uma atividade física ou dieta devem ficar atentas. Eu já tive paciente que começou a se exercitar, perdeu logo uma certa quantidade de peso e achava que era devido à atividade física. Então o ideal é investigar”.

Outro sinal que pode indicar a formação de pólipos ou tumores no cólon ou reto é a mudança dos hábitos intestinais. Se o paciente não tem histórico de constipação, mas percebe que está ficando com intestino preso com frequência, ou se passa a ter mais diarreia, deve procurar atendimento médico e realizar exames. “Mudança no formato das fezes, evacuação de sangue, dor ou inchaço abdominal e perda de apetite também são sintomas comuns”, ressaltou Fernanda.

Prevenção e diagnóstico

Como a doença quase sempre se desenvolve a partir de pólipos, que são lesões benignas que crescem na parede do intestino, a prevenção está associada ao monitoramento por meio de exames de investigação, evitando que as lesões se transformem em câncer por meio da retirada dos pólipos.

De acordo com a oncologista clínica Cintia Givigi, a colonoscopia é o exame principal para monitoramento e prevenção. “Após os 50 anos, recomendamos que a realização de colonoscopia anualmente, mas já há algumas novas diretrizes indicando iniciar com 45 anos. Em alguns casos, como na presença de pólipos de alto grau, a realização mais frequente a cada 1 a 2 anos. Em casos de sintomas, como constipação intestinal ou diarreia frequente, ela ser realizada antes dos 45, 50 anos”, orienta.