Imagem: Freepik
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O teste do pezinho no Espírito Santo foi ampliado e, a partir de março de 2026, irá priorizar as Etapas 4 e 5 do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). A ampliação torna possível a investigação de imunodeficiências primárias (problemas genéticos no sistema imunológico) e a busca por atrofia muscular espinhal (AME).

O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, durante o Congresso INAME 2025, entre os dias 21 e 23 de novembro. O Estado está consolidado na Etapa 1, rastreando as sete doenças obrigatórias: fenilcetonúria; hipotireoidismo congênito; doença falciforme e outras hemoglobinopatias; fibrose cística; hiperplasia adrenal congênita; deficiência de Biotinidase; e Toxoplasmose congênita.

A ampliação está prevista na legislação nacional, Lei 14.154/2021 e Portaria GM/MS nº 1.341/2022, que determinam a ampliação progressiva do teste. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a implementação das Etapas 2 e 3 está planejada para fases posteriores.

Entenda a AME

A atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença genética e de rápida evolução. Atualmente, de acordo com a Sesa, 26 crianças com AME são acompanhadas no Espírito Santo.

A subsecretária de Estado de Atenção à Saúde, Carolina Sanches, destaca que o diagnóstico precoce da AME é determinante para evitar sequelas irreversíveis. Com a ampliação do teste do pezinho é possível identificar a condição ainda antes do surgimento dos sintomas.

Evidências científicas demonstram que crianças tratadas precocemente apresentam melhor desenvolvimento motor global, maior sobrevida livre de ventilação, redução de internações e de complicações respiratórias, além de um incremento significativo na qualidade de vida e na autonomia funcional.

Subsecretária de Estado de Atenção à Saúde, Carolina Sanches.

Como ter acesso ao teste do pezinho

O Ministério da Saúde recomenda que o teste do pezinho seja feito 48 horas após o nascimento até o 5º dia de vida do recém-nascido. O teste ainda pode ser realizado após este período, entretanto a demora pode dificultar o diagnóstico e o tratamento das doenças.

Para ter acesso ao serviço no Estado, o recém-nascido deve ser encaminhado a um dos 460 postos de coleta nas unidades básicas de saúde. Além disso, o exame também pode ser realizado em maternidades e hospitais.

O processamento integral das amostras ocorre no Serviço de Referência em Triagem Neonatal (APAE Vitória). Até a ampliação da testagem, seminários e e capacitações serão realizadas nas redes de saúde pública e privada.

Aline Gomes

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.