Junho é o Mês Mundial de Conscientização sobre a Infertilidade, um momento importante para refletirmos sobre saúde reprodutiva, planejamento familiar e os avanços da medicina nessa área.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17,5% da população adulta sofre com essa condição, que impacta diretamente a vida de casais em todo o mundo. No entanto, mesmo com um número tão expressivo, a infertilidade ainda é envolta em tabus, desinformação e, muitas vezes, solidão.
Por isso, falar sobre o assunto é fundamental.
Avanços da medicina reprodutiva
A medicina reprodutiva avançou consideravelmente nas últimas décadas, oferecendo uma variedade de tratamentos para casais que encontram dificuldade para engravidar.
Técnicas como a fertilização in vitro (FIV), a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), o congelamento de óvulos e embriões, e os testes genéticos pré-implantacionais representam verdadeiros marcos no combate à infertilidade.
O avanço dessas tecnologias trouxe não apenas mais chances de sucesso, mas também a possibilidade de planejamento familiar consciente, especialmente para mulheres que desejam adiar a maternidade por motivos profissionais, pessoais ou de saúde.
A idade é crucial quando o assunto é infertilidade
A idade, no entanto, permanece um fator crucial. A fertilidade feminina começa a declinar a partir dos 30 anos, e essa queda se acentua após os 35. A quantidade e a qualidade dos óvulos diminuem, reduzindo as chances de concepção natural e aumentando os riscos de complicações. Por isso, o congelamento de óvulos surge como uma solução valiosa.
LEIA TAMBÉM | Cabelos brancos são realmente sinônimo de estresse?
Esse método permite que mulheres preservem sua fertilidade para o futuro, especialmente se o procedimento for realizado antes dos 35 anos, quando a qualidade dos óvulos é melhor. Assim, é possível planejar a maternidade com mais segurança, conciliando os desafios da vida moderna com o desejo de ter filhos.
Impactos emocionais da infertilidade
A infertilidade também traz impactos emocionais importantes para os casais. A pressão social, os sentimentos de culpa e a frustração com os tratamentos tornam essa caminhada desafiadora. Por isso, o apoio psicológico é essencial.
Psicoterapia individual, em casal ou em grupos de apoio, além de técnicas de manejo do estresse, ajudam a atravessar esse momento com mais equilíbrio. Integrar a saúde emocional ao tratamento médico, por meio de uma equipe multidisciplinar – que inclui ginecologista especialista em reprodução assistida, andrologista, psicólogo, nutricionista e outros profissionais – não apenas melhora a adesão ao tratamento, mas também contribui para a qualidade de vida do casal.
O mês de junho nos lembra que falar sobre infertilidade é uma forma de quebrar tabus, oferecer apoio, compartilhar conhecimento e, acima de tudo, renovar a esperança. A medicina reprodutiva está em constante evolução, trazendo novas possibilidades para realizar o sonho da maternidade e paternidade.
A informação, o planejamento consciente e o suporte emocional são aliados fundamentais nessa jornada.