Saúde

Jovens brasileiros são os que mais fazem cirurgias plásticas

Entre as cirurgias preferidas está a de aumento de mama

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Foto: Divulgação
Lipoaspiração e cirurgia nas mamas são as mais realizadas entre as mulheres jovens. 

Jovens brasileiros com idade entre 13 e 18 anos são os que mais realizam cirurgias plástica no mundo, conforme mostra o último levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP-2016). Para se ter uma ideia, em 2016 foram realizados 97 mil procedimentos em pacientes com essa faixa etária. Vaidade, boa forma e melhoria da autoestima são os principais motivos que levam esses jovens a buscarem intervenções estéticas ou cirúrgicas cada vez mais cedo. 

Entre as cirurgias preferidas está a de aumento de mama, colocando o Brasil na segunda posição no volume de procedimentos realizados. O país só perde para o México, enquanto o terceiro lugar pertence aos Estados Unidos.

Foto: arquivo pessoal
Júlio Carlos Pereira é medico especialista em cirurgia plástica. 

No Espírito Santo, a realidade não é diferente. De acordo com o cirurgião plástico Júlio Carlos Pereira, a cirurgia mamária é a principal realizada por mulheres, principalmente jovens. “Aumento de mama (implante de silicone), redução e reconstrução, são as principais realizadas nas mulheres. Ultimamente faço muitas cirurgias de mastopexia, que é quando a mulher retira a mama com excesso de pele e coloca a prótese de silicone. Porém, essa é mais comum em mulheres mais velhas, que já amamentaram ou tiveram flacidez por causa da idade”, comentou o especialista em cirurgia plástica. 

Julio destaca que o interesse em mudar o corpo faz com que os jovens busquem pelas intervenções cirúrgicas. Um exemplo, é o público masculino, que têm ido aos consultórios com mais frequência. “Fazemos muitas cirurgias para reduzir a glândula do peito do homem. Existem vários casos, de pacientes novos, que fazem o uso de anabolizante ou que estão obesos, incomodados com o crescimento”, destacou o médico.

Ao comentar sobre a obesidade, o cirurgião plástico alerta para um problema atual de saúde pública. “Nota-se o crescimento da obesidade e do sobrepeso na população brasileira. Com isso, muitas pessoas buscam as cirurgias, como a lipoaspiração. Mas, é preciso lembrar que este é um procedimento para modelar o corpo e tratar a gordura localizada, não é uma cirurgia de redução de peso. As pessoas precisam estar atentas com a alimentação, praticando exercícios físicos e cuidando do corpo todos os dias. Existem pacientes de 25 anos que já passaram por duas, três cirurgias de lipoaspiração e não é o recomendado”, alertou o médico. 

O especialista faz algumas recomendações para quem deseja realizar algum tipo de cirurgia plástica.

– Lembre-se que a intervenção é personalizada. Converse com o seu médico e veja qual a melhor forma de fazer o procedimento no seu corpo. “Porque ficou bonito no seu amigo(a), não significa que ficará bonito em você, ou que deverá ser feito da mesma maneira”.

– Implante ou redução mamária não interfere na amamentação e nem na detecção do câncer. 

– Pacientes muito jovens precisam esperar a mama ficar madura. Não é aconselhado operar antes dos 16 anos.

– O silicone pode apresentar rejeição. Antes do procedimento, converse com seu médico sobre possíveis complicações e sobre, caso exista, a necessidade da troca da prótese. 

– O custo de uma cirurgia varia. Mas, tenha em mente que é necessários gastar com prótese de silicone (em alguns casos), equipe hospitalar, anestesista, clínica ou hospital. 

– Lembre-se de tratar a sua pele no pré-cirúrgico, evitando o surgimento de estrias. “Recomendo usar hidratante pré-cirúrgico”.

– Faça o check-up médico: exames de sangue, consulta com cardiologista, avaliação por imagem… “Tudo é muito importante para o sucesso da cirurgia e recuperação do paciente”, destacou Júlio. 

– Por fim,  o médico aconselha a controlar a ansiedade e “rebeldia” que alguns pacientes apresentam. “Principalmente os jovens, eles desejam o resultado de imediato e não funciona assim. É preciso seguir fielmente as recomendações do pós operatório”, finalizou o especialista.