Imagem: Freepik
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Como mulher, entendo que a menopausa é uma fase natural da nossa vida e, ainda assim, uma das mais desafiadoras. Ela costuma chegar entre os 45 e 56 anos e marca o encerramento do ciclo reprodutivo, mas também o início de uma nova etapa, cheia de transformações físicas, emocionais e até existenciais.

E é justamente nesse período que muitas de nós, mulheres, nos olhamos no espelho e percebemos algo que parece não fazer sentido: o corpo muda, os quilos aumentam, e a balança se torna um motivo de frustração, mesmo quando os hábitos continuam os mesmos.

Ganho de peso e mudanças hormonais

Quero te dizer algo muito importante: não é culpa sua. O ganho de peso na menopausa não está ligado apenas à alimentação ou à falta de exercício. Ele é resultado direto das mudanças hormonais que acontecem no nosso corpo.

A queda do estrogênio, o hormônio que antes ajudava a regular o metabolismo, o armazenamento de gordura e até a sensação de saciedade, faz com que o organismo passe a funcionar de outra forma. O metabolismo desacelera, o corpo tende a acumular gordura na região abdominal, e a massa muscular, se não for estimulada, começa a diminuir.

Além disso, o sono pode se tornar mais irregular, o humor oscila e o estresse aumenta. E tudo isso tem impacto metabólico. Dormir mal, por exemplo, interfere na produção de leptina e grelina, hormônios ligados à fome e à saciedade. Ou seja, o corpo pede mais comida e gasta menos energia, um desequilíbrio que vai além da força de vontade.

Cada mulher vive a menopausa de um jeito

É por isso que sempre reforço: é fundamental buscar acompanhamento médico. Cada mulher vive a menopausa de um jeito, e entender o que está acontecendo com o seu corpo é o primeiro passo para cuidar melhor de si. A terapia de reposição hormonal pode ser uma aliada valiosa, desde que indicada com segurança e individualizada. Ela ajuda a equilibrar os hormônios, melhorar o sono, o humor e até a composição corporal.

Mas os hormônios não fazem tudo sozinhos. Ter uma rotina com alimentação equilibrada, prática regular de exercícios, sono de qualidade e controle do estresse é essencial. A musculação, por exemplo, ajuda a preservar a massa magra e acelerar o metabolismo.

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Já a alimentação rica em proteínas, fibras e boas gorduras contribui para manter saciedade e evitar picos de glicose. E não podemos esquecer do autocuidado: momentos de prazer, pausas, conexão com o próprio corpo e com a vida.

Engordar na menopausa pode ser comum, mas não é inevitável. Com estratégia, informação e orientação adequada, é possível atravessar essa fase com energia, bem-estar e autoestima. A menopausa não é o fim da feminilidade, é apenas um novo capítulo, e você pode escrevê-lo com leveza, consciência e amor por si mesma.

Aline Gomes

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.

Dra. Gisele Dazzi

Endocrinologista

Médica endocrinologista e seu propósito aqui na coluna Vida Saudável é trazer informação e novidades para que você melhore a cada dia sua qualidade de vida. @dragiselelorenzoni

Médica endocrinologista e seu propósito aqui na coluna Vida Saudável é trazer informação e novidades para que você melhore a cada dia sua qualidade de vida. @dragiselelorenzoni