Saúde

Não há registros de problemas na vacinação de adolescentes no ES, afirma secretário

Ainda segundo o secretário, aproximadamente 11% dos adolescentes capixabas já tiveram contato com a covid-19, sendo quase 30 óbitos nesse público entre 12 e 17 anos

Não há registros de problemas na vacinação de adolescentes no ES, afirma secretário Não há registros de problemas na vacinação de adolescentes no ES, afirma secretário Não há registros de problemas na vacinação de adolescentes no ES, afirma secretário Não há registros de problemas na vacinação de adolescentes no ES, afirma secretário
Foto: Reprodução /Youtube

Não há no Espírito Santo nenhum registro de intercorrências na vacinação de adolescentes contra covid-19. A afirmação foi feita pelo secretário de estado de saúde, Nésio Fernandes, durante uma entrevista ao vivo para o telejornal Espírito Santo no Ar, da TV Vitória/Record TV, na manhã desta sexta-feira (17). 

“Não temos registros de eventos adversos graves no Espírito Santo. Os eventos já registrados são leves e relacionados a praticamente todas as vacinas, como dor no local, dor no corpo no dia seguinte, em alguns casos febre, mas são eventos esperados e que não representam nenhum tipo de risco à saude”, disse. 

Ainda segundo o secretário, aproximadamente 11% dos adolescentes capixabas já tiveram contato com a covid-19, sendo quase 30 óbitos nesse público entre 12 e 17 anos. Nésio reforçou, diante desse dado, a importância da imunização. 

“Nós entendemos que uma estratégia de imunidade de rebanho, privando esses adolescentes da vacina e submetendo eles ao risco de transmissão, seria uma insanidade com nossas crianças, adolescentes e também com a estratégia de saúde pública de alcançar 90% de cobertura vacinal na população em geral para controlar a circulação do vírus”, afirmou. 

O secretário aproveitou a ocasião para reforçar que os capixabas precisam entender que, tendo a oportunidade de vacinar, vacinem-se. “Nós insistimos às familias capixabas para que levem seus adolescentes para serem vacinados. As vacinas são seguras, eficazes e nós queremos cuidar do povo capixaba”, disse. 

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Caso de óbito de adolescente citado por Ministro da Saúde não foi confirmado

Nésio Fernandes disse ainda que o posicionamento do Ministério da Saúde sobre deixar de recomendar a vacinação de adolescentes sem comorbidades não tem embasamento técnica e científica. Disse ainda que a imunização desse público já estava prevista pelo Plano Nacional de Imunizações. 

“A previsão de alcançar os adolescentes sem comorbidades com a vacinação com a Pfizer foi anunciada em outras ocasiões pelo proprio Ministro da Saúde. Essa imunização já estava prevista nos documentos técnicos do PNI. Não existe nada novo”, disse. 

A única novidade, segundo o secretário, é a criação de uma nova polêmica sobre a vacinação. 

“O que existe de novo é essa falsa polêmica em estabelecer uma medida intepestiva, sem base técnica, sem base científica de correlacionar um óbito que nem a Anvisa nem o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Estado de São Paulo conseguiram relacionar nexo com o óbito desse adolescente em São Paulo com a vacinação da Pfizer”, disse. 

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“Não temos nenhuma dúvida da assertividade de preservar a vacinação dos adolescentes”, diz secretário

Sobre a polêmica envolvendo a divulgação da Nota Informativa do Ministério da Saúde, Nésio afirmou que trata-se tabém de uma questão de fazer administrativa mínima. 

“O que fazer com as vacinas que o Ministério da Saúde comprou, programou, tem autorização da Anvisa para aplicar, se elas vão vencer em 31 dias em todo o país se não forem aplicadas no público apto a receber?”

E continuou. “Nós fazemos contas. As vacinas da Pfizer vencem depois de 31 dias de descongeladas. Nós temos no Brasil doses suficientes para dar o reforço a todos os idosos com mais de 70 anos, que tomaram a segunda dose há 6 meses”, disse. 

Ainda de acordo com o secretário, no Estado há estoque disponível para imunizar todo o público de idosos com a dose de reforço e os adolescentes com e sem comorbidades. 

“Aqui no Espírito Santo, nós reduzimos para 60 anos e 5 meses de intervalo. Mesmo reduzindo nós ainda temos excedente de doses para vacinar adolescentes com comorbidades. E ainda vacinando esses adolescentes com comorbidades, que já tiveram 80% das vacinas disponibilizadas no EStado, ainda temos vacinas disponíveis para adolescentes sem comorbidades”, disse. 

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