Saúde

Conheça a cirurgia íntima para retirar excesso de pele na vagina

A cirurgia é feita, principalmente, em casos de incômodo estético ou até mesmo de dor durante a relação sexual

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/ Internet
Paciente deve conversar com a ginecologista para verificar a real necessidade do procedimento. 

Constrangimento e dor, essas são as causas mais frequentes quando o assunto é a procura pela cirurgia íntima. Segundo o último levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), mais de 25 mil brasileiras passaram pelo procedimento na vagina. O Brasil é o país campeão no número de cirurgias íntimas realizadas no mundo.

A ginecologista, Lorena Baldotto disse que a estética, o incômodo psicológico durante a exposição ao parceiro e a presença de dor durante a relação sexual são as motivações mais frequentes para procura pela cirurgia. “O tamanho exagerado dos pequenos lábios pode causar dor durante a relação sexual. O incômodo acontece, pois estas estruturas acabam dobrando-se para dentro da vagina durante a penetração”.

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Lorena Baldotto é ginecologista e obstetra. 

A médica ainda disse que a dificuldade em higienizar a região acaba provocando acúmulo de secreções e urina e pode ocasionar infecções constantes, como a candidíase.

“Sempre avalio cada caso junto com a paciente e, se a pessoa se sente constrangida ou sente dor, a cirurgia deve ser avaliada sim. O procedimento deixa a parte intima mais delicada, mais harmônica e não provoca perda alguma da sensibilidade no local”, afirmou a médica.

O cirurgião plástico, Adriano Batistuta disse que para a realização da cirurgia é utilizada a anestesia raqui ou peridural com sedação simples. “Como opção, pode-se ainda usar apenas anestesia local com sedação. Nesses casos é possível deixar o hospital no mesmo dia”, disse.

Quem pode fazer a cirurgia? 

Esse tipo de cirurgia pode ser realizada pelo cirurgião plástico ou pelo ginecologista. "É retirada parte dos pequenos lábios e então são reconstruídas essas estruturas. São dados pontos, normalmente absorvíveis, ou seja, que não precisam ser retirados posteriormente. As cicatrizes costumam ser discretas"< explicou Batistuta. 

O repouso deve ser respeitado. O período é de dois a três dias após a cirurgia. Depois disso, quem trabalha em escritório, sem realizar grandes esforços físicos, pode voltar à rotina. Quem trabalha com esforço físico ou que precisa caminhar muito deve esperar no mínimo três semanas para retornar ao trabalho.

“As relações sexuais podem ser retomadas, em média, 30 dias após a cirurgia. Os exercícios físicos podem ser retomados gradualmente até três semanas após a cirurgia. É indicado evitar exercícios que pressionem a região pressionada, como a bicicleta”, disse a ginecologista. A médica completou dizendo que a higiene da região íntima é feita normalmente com água gelada e sabonete íntimo.