Saúde

ES registra queda no atendimentos a pacientes com câncer de mama

O número de mamografias realizadas entre janeiro a julho de 2020 caiu cerca de 45% em relação ao ano anterior

Foto: Divulgação

Na semana em que se celebra o Dia da Mamografia, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) faz um alerta sobre a importância de manter a rotina de exames. Segundo a entidade, ao longo de 2020 muitas pacientes não foram realizar os exames preventivos, como a mamografia. Outras pessoas ainda interromperam, efetivamente, o tratamento por receio de irem ao hospital ou pela dificuldade que encontraram nas unidades hospitalares de todo o país.

De acordo com o presidente da SBM, Dr. Vilmar Marques, durante toda a pandemia foi observada uma queda nos consultórios. O médico reforça a importância de conscientizar as mulheres para que não deixem de dar continuidade a sua rotina de ir ao médico, realizar exames e manter o tratamento.

Segundo o presidente, um levantamento realizado em centros hospitalares que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas principais capitais, revelou que a queda nos atendimentos de mulheres em tratamento, nos meses de março e abril, logo no início da pandemia, foi em torno de 75%, em comparação ao mesmo período de 2019. Já no Espirito Santo, no período de janeiro a julho de 2020, esse número chegou a ter queda de 50% em comparação ao ano anterior.

Já dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Câncer de Mama, mostram que o número de mamografias entre janeiro a julho de 2020 caiu 45% em relação ao ano anterior. 

De acordo com o médico, embora nos meses seguintes o número tenha se amenizado, muitas pacientes ainda se mantêm amedrontadas e com medo de ir aos hospitais. "Não sabíamos que a pandemia duraria tanto tempo. Entendo o medo delas, mas o câncer não espera. Interromper o tratamento é um risco muito grande, maior do que contrair o vírus, já que os hospitais estão seguindo todos os protocolos sanitários", afirmou o médico.

A entidade tenta mobilizar as autoridades para que as pacientes sejam incluídas no grupos prioritários. "Não podemos aguardar. Muitas já perderam meses de tratamento e estamos percebendo que o percentual de realização tanto de exames preventivos, como a mamografia, como de tratamento ainda continua baixo", alertou. 

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