Saúde

Dengue: ES registra 2 mortes e quase 13 mil casos da doença em 30 dias

Incidência chega a 316,67 casos por 100 mil habitantes. Em todo o ano de 2022, foram registrados 21 mil. No ano anterior, ou seja, em 2021, foram 15 mil casos

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

Os casos de Dengue no Espírito Santo preocupam. Em pouco mais de 30 dias, o Estado registrou 12.726 casos da doença. Duas mortes também foram confirmadas. As informações foram passadas pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, durante coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (14).

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A incidência chega a 316,67 casos por 100 mil habitantes. Em todo o ano de 2022, casos contabilizados somaram 21 mil. No ano anterior, ou seja, em 2021, foram 15 mil casos. 

Ainda segundo Reblin, o vírus em circulação tem provocado uma redução mais brusca no número de plaquetas no sangue, o que pode aumentar o risco da forma hemorrágica da doença.

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As plaquetas são células fundamentais para a coagulação no sangue. De maneira geral, uma pessoa saudável tem de 150 mil a 450 mil plaquetas. Em casos de dengue hemorrágica, esse número pode cair para 20 mil, levando ao risco de sangramentos.

"Febre alta, dor atrás dos olhos, dor e manchas no corpo, dor de cabeça, são sinais importantes que devem levar a pessoa a procurar atendimento em uma unidade de saúde. Antes mesmo de buscar ajuda médica, o recomendado é já aumentar a ingestão de água. O que evita o adoecimento da forma grave da dengue é a hidratação", orienta o subsecretário.

Municípios com maior número de casos 

Castelo, município da Região Sul do Estado lidera o ranking de casos de dengue com 6.314, sendo 27 confirmações somente esse ano. Em segundo lugar, aparece São Roque do Canaã, com 2859.45. Em seguida, Jerônimo Monteiro, com 1336,72 casos.

Na Grande Vitória, a capital Vitória é a única cidade que figura entre as classificadas pela secretaria de Estado da Saúde (Sesa), com incidência alta nas últimas quatro semanas: 486,06 casos.

Verão: Período chuvoso piora o cenário

Com o verão e o período típico de pancadas de chuvas associadas aos dias quentes, todo esse cenário requer atenção redobrada. Isso por que o acúmulo de água parada em alguns locais torna o ambiente mais propício à reprodução acelerada do mosquito Aedes Aegypti, transmissor não só da dengue, mas de outra doenças como a zika e chikungunya

Como eliminar os criadouros de mosquito da dengue

Segundo o chefe do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental da Sesa, Roberto Laperriere Júnior, cerca de 80% dos criadouros estão próximos ou dentro das residências.

Foto: Divulgação/PMCI

Para conseguir conter a curva de casos de dengue, é fundamental que a população faça o dever de casa com muita atenção. 

O ideal, de acordo com Roberto, é escolher um dia específico da semana para fazer um check-list completo no imóvel.

Essa lista, com o que é preciso ser feito, pode ser acessada clicando no link: mosquito.saude.es.gov.br

Pelo menos uma vez por semana, a limpeza dos quintais e o descarte do lixo em locais apropriados deverá ser realizado. Também é preciso estar sempre atento aos objetos que acumulam água como pratinhos de plantas, vasilhas de animais, pneus velhos e garrafas, por exemplo. Por meio dessa prática, é possível evitar a proliferação do mosquito.

Uma outra ferramenta para ajudar a população a checar semanalmente os locais onde o mosquito costuma colocar os ovos, é disponibilidade pela Fiocruz no link: https://www.ioc.fiocruz.br/dengue/folder.pdf

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